
Brasília nunca para, nem quando o presidente viaja. Enquanto Lula desfila por Roma em visita oficial — encontro com o Papa, aquela coisa toda —, aqui nos trópicos a máquina política trabalha a todo vapor. E o assunto que domesta os corredores do poder? Ah, meu caro, é aquilo que sempre causa frio na espinha da classe política: uma vaga no Supremo.
Parece que Dias Toffoli, um dos ministros mais antigos da corte, está com os dias contados no cargo. A aposentadoria compulsória bate à porta — ele completa 75 anos em novembro — e já se fala nos possíveis nomes para ocupar essa cadeira quente.
O jogo das cadeiras musicais no poder
O que muita gente não percebe é que essas indicações são como partidas de xadrez de alto nível. Cada movimento altera completamente o tabuleiro do poder. Toffoli, que assumiu em 2009 nomeado pelo ex-presidente Lula, virou uma peça fundamental no tribunal.
E agora? Bem, a bola está com Lula de novo. Ironicamente, o mesmo presidente que o colocou lá pode escolher seu sucessor. A vida dá voltas, não é mesmo?
Os nomes que circulam nos bastidores
Os lobbistas já estão em ação, claro. Sussurram-se alguns nomes com certa insistência:
- Cármen Lúcia — sim, ela mesma, mas dessa vez como advogada-geral da União
- Jorge Messias — o atual advogado-geral que tem a confiança de Lula
- E outros tantos que mal conseguimos lembrar o nome completo
O Palácio do Planalto, segundo me contam fontes bem posicionadas, prefere manter discrição. "Ainda é cedo", dizem. Mas sabemos como funciona: quando dizem que é cedo, geralmente já têm alguém em mente.
Timing é tudo na política
E o timing? Crucial. A mudança acontece justamente quando o governo tenta emplacar projetos importantes no Congresso. Coincidência? Na política, como diria um velho amigo, não existem coincidências — apenas consequências antecipadas.
O Supremo, vale lembrar, tem decidido sobre temas que afetam diretamente a vida de todos nós. De direitos sociais a questões econômicas complexas. Quem senta naquela cadeira não é apenas um juiz — é alguém que molda o país.
Enquanto isso, Lula desfruta das belezas de Roma. Mas duvido que o assunto Supremo esteja longe de seus pensamentos. Afinal, indicar um ministro do STF é um daqueles momentos que definem legados.
Os próximos capítulos prometem. Brasília está com aquela energia peculiar — mistura de ansiedade, especulação e muito, muito cálculo político. E nós, meros espectadores? Bem, resta acompanhar o desenrolar dessa trama tipicamente brasileira.