O deputado federal Carlos Motta (PL-SP) tem sido peça-chave nos processos de cassação contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — e a forma como ele conduz esses casos está gerando burburinho nos corredores do Congresso. Não é de hoje que a relação entre os dois chama atenção, mas agora o jogo parece ter virado.
Dizem por aí que Motta, conhecido por seu pulso firme, está dando um tratamento "diferenciado" aos processos. Seria estratégia? Desleixo? Ou apenas o jogo político sendo jogado como sempre foi? Difícil cravar, mas uma coisa é certa: o placar não está nada favorável para o filho do ex-presidente.
Os números que preocupam
Desde que assumiu a relatoria, Motta já arquivou sete dos nove processos contra Eduardo. Os dois restantes? Seguem em análise, mas com prazos que se estendem além do razoável — segundo críticos, claro.
- Processo 1: arquivado após 11 meses de análise
- Processo 2: engavetado sem explicações detalhadas
- Processo 3: espera decisão há 8 meses
"Quando é conveniente, a máquina anda rápido. Quando não é... bem, você vê", comentou um assessor parlamentar que preferiu não se identificar. O clima, segundo ele, está "mais tenso que fila de banco em dia de pagamento".
O outro lado da moeda
Em defesa de Motta, aliados argumentam que os arquivamentos seguem rigor técnico. "São processos frágeis, sem lastro probatório", disparou um deputado da base governista. Mas será mesmo? Analistas apontam que pelo menos dois casos tinham fôlego para seguir adiante — especialmente aquele envolvendo suposto abuso de poder político.
Eduardo, por sua vez, mantém silêncio. O que não surpreende: desde que o pai deixou o Planalto, a família parece ter adotado a estratégia do "quanto menos falar, melhor". Resta saber se o silêncio vai pagar o preço da conta no final.
Enquanto isso, na Câmara, o relógio corre. E os processos? Bem... esses parecem ter entrado no famoso "horário brasileiro".
