Eis que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acaba de dar um passo que vai ecoar pelos corredores do poder. Ordenou — e isso é sério — que a Polícia Federal monitore Jair Bolsonaro o tempo todo. Sim, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Nada de intervalos. Nada de brechas. A medida, decidida nesta segunda-feira (26), é direta e não deixa margem para interpretações dúbias. A alegação? Risco concreto de obstrução às investigações em curso. E olha, não é algo que se decida de supetão — há um histórico aqui.
Bolsonaro, como se sabe, já está sob medidas cautelares desde março. Tinha de entregar o passaporte, não podia manter contato com outros investigados e precisava ficar longe das redes sociais. Mas parece que a coisa não ficou só por aí.
Agora, a PF assume o controle da vigilância. Vai acompanhar cada movimento, cada deslocamento, cada aparição pública — e também as que não são públicas. Tudo registrado, tudo documentado.
E não pense que é exagero. Moraes destacou, no seu despacho, que Bolsonaro “continua a praticar atos que perturbam a ordem investigativa”. A linguagem é jurídica, mas a mensagem é clara: tem alguém querendo bater perna fora do combinado.
Ah, e detalhe: o monitoramento é por tempo indeterminado. Ou seja, até segunda ordem — ou até o STF achar que a poeira baixou.
Reação? O silêncio do entorno bolsonarista ainda é grande, mas nas redes a galera já começou a esbravejar. De um lado, os que acham a medida necessária — “bandido bom é bandido vigiado”. Do outro, os que gritam “autoritarismo!”. Como sempre, o Brasil segue dividido.
Enquanto isso, Moraes segue firme. E a PF, agora, de olho aberto — sem piscar.
