Moraes concede a Bolsonaro direito a cuidados pessoais: barbeiro autorizado em casa
Moraes autoriza Bolsonaro a receber barbeiro em casa

Eis que a rotina carcerária do ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou um toque de normalidade — ou pelo menos de vaidade. Num daqueles movimentos que só a Justiça brasileira sabe executar, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu que o ilustre detento pode, sim, manter a aparência em dia.

Parece piada, mas não é. A autorização permite que um profissional do corte — popularmente conhecido como barbeiro — visite a residência onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar. Uma concessão que, convenhamos, faz pensar: até onde vai o direito à estética quando se está sob custódia?

Os detalhes que você não viu por aí

O pedido partiu da defesa do ex-mandatário, é claro. Alegaram — com certa razão, diga-se — que o direito à higiene pessoal inclui cuidados com a barba e cabelo. Moraes acatou. Mas não sem impor condições: o profissional deve ser previamente cadastrado e identificado, os horários serão controlados, e nada de aproveitar a visita para assuntos que não sejam tesouras e máquinas de cortar.

Ah, a vida dos poderosos... Enquanto isso, milhões de brasileiros sequer têm dinheiro para um corte de cabelo mensal. Ironias à parte, a decisão mostra como o sistema trata diferentemente os diferentes.

O que isso significa na prática?

  • Bolsonaro mantém o visual característico sem sair de casa
  • Controle rígido sobre quem entra na residência
  • Um precedente interessante para outros casos similares
  • Mais um capítulo na novela "prisão dos famosos"

Não é todo dia que vemos um ministro do STF se debruçar sobre questões capilares, não é mesmo? Mas, cá entre nós, a decisão revela muito sobre como a Justiça lida com figuras públicas em situação de restrição de liberdade.

O ex-presidente continua respondendo a diversos processos — alguns mais graves que outros —, mas pelo menos o cabelo estará impecável. Parece superficial? Talvez. Mas é a realidade do poder: até na desgraça, a imagem importa.

Resta saber se essa flexibilização abrirá precedente para outros tipos de pedidos. Massagista? Personal trainer? O tempo — e a criatividade dos advogados — dirá.