Batalha política no STF pela indicação de Jorge Messias
O Plenário do Supremo Tribunal Federal vive um momento de intensa divisão enquanto Jorge Messias, atual advogado-geral da União, enfrenta uma difícil batalha para conseguir os votos necessários no Senado Federal para sua confirmação no cargo de ministro da Corte.
Aliados inesperados na Corte
Em um cenário político surpreendente, dois ministros indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro emergiram como principais defensores da indicação feita pelo presidente Lula. André Mendonça e Kássio Nunes Marques estão ativamente engajados em campanha para angariar apoio político a favor de Jorge Messias entre os senadores.
Esta movimentação ocorre enquanto Messias enfrenta o que especialistas descrevem como "uma batalha morro acima" no Senado, onde precisa convencer um número significativo de parlamentares para garantir sua aprovação.
Oposição interna no Supremo
Do outro lado da disputa, encontram-se os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que mantêm posição contrária à indicação de Messias. Ambos eram defensores da candidatura do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a vaga no STF.
O ministro Gilmar Mendes, que também apoiava Pacheco inicialmente, adotou uma postura diferente após a decisão oficial de Lula. De acordo com informações da Corte, Mendes assumiu uma posição de respeito institucional com o escolhido do presidente, mesmo mantendo suas preferências políticas anteriores.
A sessão extraordinária do Plenário do STF realizada em 1° de agosto de 2025 marcou a abertura do segundo semestre do Poder Judiciário e serviu como palco para estas tensões políticas que refletem a complexa dinâmica de poder dentro da mais alta corte do país.