Pesquisa eleitoral traz cenário competitivo para 2026
A primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) recebeu a pior notícia entre os potenciais adversários do presidente Lula na pesquisa Quaest sobre as eleições de 2026, divulgada nesta quinta-feira (13). Segundo análise do diretor da consultoria, Felipe Nunes, os dados apontam um cenário significativamente alterado em relação às pesquisas anteriores.
Empate técnico e mudanças no cenário eleitoral
O levantamento mostra que Lula e Bolsonaro voltaram a empatar num eventual segundo turno das eleições presidenciais. Além disso, o petista perdeu vantagem em relação a outros seis potenciais adversários testados na pesquisa.
No caso específico de Michelle Bolsonaro, a vantagem de Lula oscilou para baixo, mas permanece dentro da margem de erro. A ex-primeira-dama aparece agora nove pontos atrás do presidente, com 35% contra 44% de Lula.
Os números detalhados mostram uma significativa mudança no cenário:
- Ciro Gomes (PSDB): variou de 9 para 5 pontos, no limite da margem de erro
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): caiu de 12 para 5 pontos
- Ratinho Júnior (PSD): caiu de 13 para 5 pontos
- Romeu Zema (Novo): caiu de 15 para 7 pontos
- Ronaldo Caiado (União Brasil): caiu de 15 para 7 pontos
- Michelle Bolsonaro (PL): variou de 12 para 9 pontos, dentro da margem de erro
- Eduardo Bolsonaro (PL): caiu de 15 para 10 pontos
- Eduardo Leite (PSD): caiu de 23 para 13 pontos
- Renan Santos (Missão): é de 17 pontos (nome pesquisado pela primeira vez)
Alta rejeição da família Bolsonaro entre independentes
Felipe Nunes destaca um ponto crucial na pesquisa: a rejeição dos nomes da família Bolsonaro entre os eleitores que se declaram independentes - aqueles que não se identificam como lulistas, bolsonaristas, nem de esquerda ou direita.
Os três nomes da família testados - Eduardo, Jair e Michelle - apresentam os maiores percentuais de rejeição entre todos os dez nomes pesquisados. Segundo o diretor da Quaest, "Acompanhar a rejeição entre os independentes é crucial pra entender o cenário. Por isso a família Bolsonaro tem tanta dificuldade de se viabilizar no ano que vem, a rejeição deles tem um piso de 70%".
O estudo também revela outro dado importante: o crescimento da rejeição a Lula entre os eleitores independentes na comparação com outubro, que subiu de 54% para 64%.
Nunes analisa que "Michelle Bolsonaro tem a pior notícia do mês. Ela, que figurava entre os nomes mais competitivos da oposição [em maio, estava empatada tecnicamente com Lula], aparece agora com desempenho inferior ao da maioria dos adversários testados".