Numa tarde que prometia ser como qualquer outra em Brasília, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) resolveu botar fogo no parquinho. E que fogo! O parlamentar, conhecido por suas investidas verbais, partiu para o tudo ou nada numa live que deixou todo mundo de cabelo em pé.
Não foi um debate. Não foi uma discussão. Foi um verdadeiro ringue de boxe verbal, com direito a golpes baixos e socos acima da cintura. O alvo? Nada mais, nada menos que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O espetáculo da indignação
O que começou como mais uma transmissão política rotineira rapidamente descambou para território perigoso. Marcos do Val, com a cara vermelha e a voz embargada – ou seria de raiva? – disparou acusações como se fossem balas de metralhadora. Cada palavra, mais afiada que a anterior.
Não me lembro de ter visto algo assim desde… bem, desde a última vez que alguém resolveu desafiar o STF. Mas dessa vez pareceu diferente. Mais pessoal. Mais visceral.
O conteúdo da discórdia
Entre os xingamentos – que variaram do criativo ao repetitivo – o senador esculhambou as decisões do ministro. Falou de autoritarismo. De abuso de poder. De tudo que você pode imaginar nesse script que já conhecemos de cor.
Mas havia algo mais aí. Uma frustração que transcendia o político e chegava no pessoal. Quase dava para sentir o calor da tela do computador.
Do outro lado, o silêncio de Moraes. Sempre o silêncio. Enquanto o senador gritava, o ministro provavelmente assistia – ou não – mantendo aquela postura inabalável que tanto irrita seus críticos.
As consequências imprevisíveis
O que acontece quando um senador decide virar um ringue de lutas contra um ministro do STF? Ninguém sabe ao certo. Mas as apostas não estão baixas.
Alguns dizem que é puro teatro político. Outros veem como o grito de desespero de um sistema que está falhando. Seja como for, o espetáculo continua – e nós, pobres espectadores, mal podemos esperar pelo próximo capítulo.
Uma coisa é certa: Brasília nunca fica entediada. E depois dessa performance, duvido que alguém consiga dormir cedo nesta cidade.
