O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu um papel ativo na busca pela confirmação de seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio a um cenário de resistência no Senado, Lula busca articular os votos necessários para a aprovação de Jorge Messias.
Lula na linha de frente pela indicação ao STF
A movimentação política ganhou força nesta segunda-feira, 1º de dezembro. O presidente realizou um almoço fora da agenda oficial com o senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão. O parlamentar tem um papel-chave no processo, pois é o relator da indicação de Messias no Senado.
A sabatina de Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União (AGU), está marcada para o dia 10 de dezembro. Analistas políticos avaliam que, no cenário atual, o indicado corre grande risco de não ser aprovado pelos senadores.
A oposição à nomeação foi explicitada publicamente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. No final de semana, o senador pelo União Brasil do Amapá divulgou uma nota contendo duras críticas ao governo federal. Nos bastidores, Alcolumbre tem trabalhado para convencer outros senadores a rejeitarem o nome de Messias.
Mudança no processo para tirar a carteira de motorista
Em uma decisão separada, também nesta segunda-feira, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas para quem deseja obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A medida, estudada há meses pelo Ministério dos Transportes, tem como objetivos principais a desburocratização e a redução de custos para o cidadão. Com a nova regra, as aulas teóricas deixarão de ser ofereradas exclusivamente por autoescolas privadas.
O governo passará a disponibilizar o conteúdo teórico de forma gratuita. A expectativa é que a mudança torne o processo de habilitação mais acessível a um número maior de brasileiros.
Outras notícias do dia
O Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou uma denúncia na Justiça Militar contra seis policiais. Os agentes estão acusados de participação em crimes durante uma operação de grande porte realizada no final de outubro.
A ação policial, que ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão, resultou em mais de 120 mortos. Os PMs denunciados são acusados de envolvimento no furto de um fuzil e de um carro que seria destinado a desmanche.
As decisões do dia refletem um governo atuante em diferentes frentes, da alta política à regulamentação do cotidiano dos cidadãos, enquanto questões de segurança pública seguem demandando apuração e respostas institucionais.