
O presidente Lula soltou o verbo nesta quinta-feira e deixou claro: na hora de escolher o próximo ministro do STF, as panelinhas ficarão de fora. A afirmação veio durante coletiva em Brasília e pegou muita gente de surpresa — afinal, no mundo da política, quem não espera uma ajudinha dos amigos?
Mas parece que a regra do jogo mudou. "Não vai ser um amigo, vai ser uma pessoa que cumpra a Constituição", disparou Lula, sem rodeios. A fala ecoou nos corredores do Planalto e deve causar arrepios em alguns setores que contavam com indicações mais... digamos, estratégicas.
O que realmente importa na escolha
O presidente foi além e detalhou seu critério. Não basta ser competente tecnicamente — tem que ter compromisso firme com a carta magna do país. "Tem que ser uma pessoa que cumpra a Constituição, que obedeça às leis", reforçou.
E tem mais: Lula deixou claro que não vai se precipitar. Apesar da pressão que naturalmente surge nesses momentos, ele afirmou que ainda não tem nomes na manga. "Eu não tenho nenhum nome na cabeça", garantiu, mostrando que pretende conduzir o processo com calma e ponderação.
O timing da vaga
Aqui vai um detalhe importante que muita gente esquece: a vaga só vai abrir mesmo em maio do ano que vem, com a aposentadoria do ministro Luiz Fux. Traduzindo: ainda temos um tempinho pela frente.
Mas no mundo político, sete meses são como sete dias — a corrida informal já começou, mesmo que discretamente. O que Lula fez hoje foi basicamente colocar uma placa bem grande: "Aqui se valoriza competência constitucional, não Q.I."
Por que isso importa?
O Supremo hoje está no centro de praticamente todas as grandes discussões nacionais. Desde direitos fundamentais até questões econômicas complexas, praticamente tudo passa pela análise dos onze ministros.
Uma nomeção técnica, em vez de política, pode significar um tribunal mais independente — pelo menos é o que espera quem defende um Judiciário menos... como dizer... influenciável.
O certo é que a declaração de hoje mexeu com o tabuleiro. Agora é esperar para ver quem serão os nomes que surgirão — e se realmente atenderão ao critério constitucional que Lula tanto enfatizou.