Paulo Gonet Permanece na PGR: Lula Renova Mandato do Procurador-Geral da República
Lula reconduz Paulo Gonet ao comando da PGR

Eis que o Palácio do Planalto testemunhou mais um daqueles momentos que misturam solenidade com estratégia política. Nesta terça-feira, 27, o presidente Lula assinou – com aquela calma que só décadas de experiência proporcionam – a recondução de Paulo Gonet ao posto máximo da Procuradoria-Geral da República.

Nada de novidades bombásticas, mas uma jogada que fala volumes. Gonet, que já estava lá, segue. E a sensação que fica é a de que o governo prefere continuidade a surpresas no comando do Ministério Público Federal.

O que significa, na prática?

Bom, para além dos formalismos jurídicos – que são importantes, claro – a decisão evita uma troca de comando num momento… bem, digamos que delicado para várias frentes de investigação. Gonet já conhece o terreno, os dossiês, os meandros dos processos. Continuar com ele é como evitar trocar o técnico no meio do campeonato.

E olha, não é pouco. A PGR não é um departamento qualquer. É a instituição que responde, diretamente, pela ação penal perante o STF. Ela mexe com processos que envolvem desde crimes comuns até aqueles que abalam a estrutura do poder. Ter alguém no comando que já entende o ritmo da coisa toda… faz diferença.

E o que se espera agora?

Paz? Talvez não exatamente. Mas uma certa previsibilidade institucional, sim. Gonet não é exatamente um novato – longe disso. Sua trajetória fala por si: ex-advogado da União, subprocurador-geral, e agora confirmado no topo. Ele já demonstrou, em outros momentos, um perfil mais técnico do que… digamos… agitador.

Isso pode significar menos tempestades midiáticas e mais trabalho de bastidor. O que, convenhamos, não é necessariamente mau. Afinal, o Ministério Público não deveria ser espetáculo – deveria ser instituição.

Claro, há sempre os críticos. De um lado, os que acham que uma mudança traria ares novos. De outro, os que enxergam na permanência uma aposta na moderação. No fim, o presidente fez sua escolha. E ela parece refletir menos uma paixão ideológica e mais um cálculo de estabilidade.

Resta agora acompanhar os desdobramentos. Como Gonet conduzirá investigações sensíveis? Que prioridades ganharão força? O tempo – aquele velho juiz de sempre – dirá.