
Eis que o Palácio do Planalto resolveu não mudar o time no meio do jogo. Nesta segunda-feira, algo em torno das 15h30, o presidente Lula assinou aquela que talvez seja uma das decisões mais aguardadas do ano no cenário político: a recondução de Augusto Aras ao comando da Procuradoria-Geral da República.
Nada de novidades, mas muita especulação rolando solta pelos corredores de Brasília. O cara segue no comando por mais dois anos — pelo menos é o que está no papel.
O que significa essa permanência?
Bom, vamos com calma. Aras não era exatamente o nome dos sonhos de muitos governistas, mas convenhamos: numa hora dessas, estabilidade parece ser a palavra de ordem. O mercado observava, o Congresso ficava de olho e o Judiciário… bem, o Judiciário sempre observa tudo.
O anúncio veio sem alarde, quase como quem não quer chamar atenção. Mas atenção é exatamente o que todo mundo está dando. Afinal, estamos falando do principal cargo do Ministério Público Federal — aquele que pode fazer tremer até os mais encorpados figurões da República.
Os meandros da decisão
Lula, sabiamente ou não, optou pela continuidade. Algo que me faz pensar: será que é melhor o diabo que conhecemos? A relação entre Planalto e PGR nunca foi exatamente um mar de rosas, mas também não chega a ser um campo de batalha.
O certo é que Aras já conhece o caminho das pedras. Já rodou bastante pela Esplanada, já sabe como a banda toca em Brasília. E convenhamos: num governo que ainda está se estruturando, ter um procurador-geral que já conhece os processos pode ser… conveniente.
Não me entendam mal — não estou dizendo que é bom ou ruim. Estou apenas observando que, às vezes, a constância vale mais que a incerteza.
E as reações?
Ah, as reações! Como sempre, divididas entre aplausos discretos e críticas furiosas. De um lado, aqueles que defendem que mudança em hora tão delicada seria um tiro no pé. Do outro, os que argumentam que novos ares fariam bem à instituição.
O fato é que a nomeção já está sacramentada. Resta agora aguardar como essa relação vai se desenrolar nos próximos capítulos. Porque se tem uma coisa que aprendemos na política brasileira: hoje são amigos, amanhã… bem, amanhã é outro dia.
Enquanto isso, Brasília segue seu ritmo peculiar — onde notícias como essa são absorvidas com naturalidade, quase como se já estivessem previstas no script. E talvez estivessem.
Siga o jogo, porque ele promete.