
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe à tona o emblemático caso de Cesare Battisti para discutir o pedido de extradição da ex-deputada federal Carla Zambelli. A analogia reacendeu debates sobre soberania nacional e cooperação jurídica internacional.
O paralelo com Battisti
Durante análise do caso, Lewandowski lembrou que o Brasil historicamente negou pedidos de extradição de italianos, citando especificamente o caso Battisti. O ex-ativista político foi acolhido pelo país durante o governo Lula, gerando tensões diplomáticas com a Itália.
Contexto atual
Zambelli, investigada por diversos crimes, incluindo porte ilegal de arma e ameaças, teve pedido de extradição formulado por autoridades internacionais. O ministro destacou que decisões sobre extradição devem considerar não apenas aspectos jurídicos, mas também humanitários e de soberania.
Repercussão política
A menção ao caso Battisti gerou reações imediatas:
- Juristas apontam diferenças significativas entre os dois casos
- Oposição critica comparação, alegando que Zambelli não tem status de perseguido político
- Governo evita comentários, mas acompanha com atenção o desenrolar do processo
Próximos passos
O STF deve analisar o mérito do pedido de extradição nas próximas semanas. Especialistas destacam que a decisão poderá estabelecer importantes precedentes para casos semelhantes no futuro.