Janja defende mais mulheres no STF durante COP30
Janja comenta vaga feminina no Supremo Tribunal Federal

Em uma declaração que chamou atenção durante a Conferência do Clima da ONU, a primeira-dama Janja da Silva abordou publicamente a subrepresentação feminina entre os possíveis candidatos à vaga aberta no Supremo Tribunal Federal.

Bastidores da escolha do próximo ministro do STF

A entrevista ocorreu nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025, durante a COP30, quando a primeira-dama conversou com a CNN sobre os bastidores políticos que envolvem a sucessão do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo.

Janja demonstrou clara preocupação com a ausência de nomes femininos entre os principais cotados para assumir a cadeira que ficará vaga com a aposentadoria do ministro. "Sempre quero mais mulheres, mas a escolha final é dele", afirmou a primeira-dama, referindo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Respeito ao momento político

Embora tenha deixado clara sua posição favorável à indicação de uma mulher para o cargo, Janja reconheceu a complexidade da decisão. "É preciso respeitar a decisão dele. É preciso também entender o momento político", ponderou durante a conversa.

A primeira-dama destacou que Lula conhece sua opinião sobre o assunto, mas enfatizou a necessidade de compreensão contextual. "A gente precisa se colocar de forma que mais mulheres possam ser escolhidas. Não é fácil, não é simples", completou, demonstrando consciência das negociações políticas envolvidas.

Reflexões sobre representatidade feminina

As declarações de Janja ocorrem em um momento crucial para o Judiciário brasileiro, onde a baixa representatividade feminina no STF permanece como uma questão relevante. Atualmente, entre os onze ministros da corte, apenas duas são mulheres.

O debate sobre diversidade de gênero nos mais altos cargos do Judiciário ganha ainda mais relevância considerando que a vaga em aberto será a primeira oportunidade de Lula indicar um novo ministro para o Supremo durante seu atual mandato.

A presença da primeira-dama na COP30 e suas declarações sobre o tema demonstram como questões de representatidade continuam no centro das discussões políticas, mesmo em eventos focados em outras agendas, como a ambiental.