Itamaraty Rebate com Firmeza Declarações de Secretário Americano sobre Processo no STF
Itamaraty reage a declaração de EUA sobre processo no STF

O clima entre Brasília e Washington aqueceu de repente nesta quinta-feira, e não foi por causa do calor tropical. O Itamaraty — aquele ministério que normalmente fala com meias-palavras e delicadezas diplomáticas — simplesmente soltou os cachorros. A razão? Uma declaração pública do Secretário de Estado americano, Antony Blinken, que resolveu dar pitaco num assunto que é pão nosso de cada dia: um julgamento correndo no Supremo Tribunal Federal.

E não foi um comentário qualquer. Blinken, em tom que beirava a advertência, mencionou o tal processo — que envolve, como quase tudo por aqui, tintas políticas — e soltou a frase que não podia passar em branco: "ameaças não vão nos intimidar". Quem ele achava que estava ameaçando, hein?

O governo brasileiro, claro, não deixou barato. Num comunicado que misturava formalidade com uma pitada de indignação contida, o Itamaraty deixou claro que o Brasil não é quintal de ninguém. "A República Federativa do Brasil reafirma a solidez de suas instituições democráticas e a independência do seu Poder Judiciário", disparou o texto, sem meias palavras. A mensagem era clara: cada um cuida do seu quintal.

O Xis da Questão: Soberania versus Pressão Internacional

O que realmente pegou mal, segundo analistas que acompanham o bate-boca diplomático, não foi a mera menção ao caso. Foi o tom. Blinken, ao falar em "ameaças", pareceu sugerir que o processo judicial brasileiro — um assunto estritamente doméstico, diga-se — estava sob alguma espécie de coerção externa. A implicação, é claro, foi recebida como um dedo na ferida da soberania nacional.

E o Itamaraty, numa jogada que misturou elegância com um soco de luva de pelica, respondeu na mesma moeda. O ministério destacou, com todas as letras, que o Brasil é um país soberano e que suas decisões judiciais são — pasmem! — baseadas na lei local, e não em opiniões de gabinetes estrangeiros. A defesa da autodeterminação foi o centro da réplica.

Não é a primeira vez que esse tipo de atrito acontece, mas a intensidade da resposta brasileira chamou a atenção. Parece que a postura do governo é a de não baixar a cabeça para ninguém, muito menos quando o assunto é a independência do Judiciário. E olha, faz todo o sentido.

E Agora, José?

O que isso significa para a relação entre os dois países? Bom, ninguém espera uma crise diplomática de grandes proporções — até porque, convenhamos, Brasil e EUA têm laços econômicos e estratégicos profundos demais para brigar por causa de uma declaração infeliz. Mas o recado foi dado: o Brasil não aceita mais esse tipo de intromissão, por mais sutil que seja.

O episódio serve como um lembrete de que, num mundo globalizado, a soberania ainda é uma linha vermelha. E que, por aqui, as instituições — com todos os seus defeitos e virtudes — funcionam sob suas próprias regras. O resto é conversa fiada.

Fica a pergunta no ar: será que os EUA aprenderão a lição? Ou vamos ver mais capítulos dessa novela nas próximas semanas? Só o tempo — e talvez mais alguns comunicados — dirão.