Itamaraty chama representante dos EUA para esclarecer críticas a Moraes — tensão diplomática à vista?
Itamaraty chama EUA para explicar críticas a Moraes

O clima entre Brasil e Estados Unidos aqueceu — e não no bom sentido. Nesta sexta-feira (8), o Itamaraty decidiu chamar o encarregado de negócios da embaixada americana para, digamos, uma conversinha nada amistosa. O motivo? Uma publicação nas redes sociais que soltou farpas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Não foi um tuíte qualquer. O tal post — que já sumiu do ar, claro — comparava as decisões do magistrado a "práticas autoritárias". Algo como jogar gasolina na fogueira, considerando a sensibilidade do tema. O governo brasileiro, como era de se esperar, não engoliu a provocação.

O que exatamente aconteceu?

Detalhes são escassos, como sempre nesses casos. Mas fontes próximas ao Palácio do Planalto contam que a reação foi imediata. "Inaceitável" teria sido a palavra mais repetida nos corredores do Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty, em seu estilo característico, foi direto: quer respostas formais e, principalmente, um pedido de desculpas público.

Curiosamente, a embaixada americana ainda não se manifestou oficialmente. Um silêncio que só aumenta a especulação — será descuido de um assessor ou posicionamento deliberado? Difícil crer que um diplomata experiente cometeria esse tipo de gafe sem aval.

As implicações por trás do caso

Não se trata apenas de um desentendimento pontual. Analistas políticos já veem nisso um possível sintoma de relações que esfriaram desde a troca de governo. "Os EUA parecem testar os limites do novo mandatário", arrisca um professor de relações internacionais que preferiu não se identificar.

  • A publicação ocorreu justamente quando Moraes julga casos sensíveis
  • O tom foi considerado desrespeitoso à soberania brasileira
  • O silêncio subsequente da embaixada alimenta teorias

E agora? O Palácio do Planalto avalia retalições caso as explicações não satisfaçam. Opções vão desde declarar persona non grata até restrições a diplomatas — medidas drásticas, mas não sem precedentes.

Enquanto isso, nas redes sociais, o assunto virou polêmica. De um lado, quem defende a liberdade de expressão dos diplomatas; de outro, os que lembram: "Embaixada não é perfil de opinião". Uma coisa é certa: o episódio deixou marcas que vão além de um simples post deletado.