Governo e Alcolumbre negam negociação de cargos por vaga no STF
Governo e Alcolumbre negam negociação de cargos

Crise institucional entre Governo e Senado

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, emitiram notas oficiais neste domingo, 30 de novembro de 2025, negando categoricamente que estejam envolvidos em qualquer tipo de negociação de cargos como forma de pacificar a relação entre os Poderes.

Notas oficiais e declarações

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi enfática ao afirmar que o governo nunca consideraria rebaixar a relação institucional com o presidente do Senado a qualquer espécie de fisiologismo ou negociações de cargos e emendas. Em sua nota, ela ainda elogiou Alcolumbre, afirmando respeitá-lo e reconhecer os esforços que ele desenvolveu desde que assumiu o comando do Congresso Nacional.

"Jamais consideraríamos rebaixar a relação institucional com o presidente do Senado a qualquer espécie de fisiologismo ou negociações de cargos e emendas", declarou a ministra.

Resposta de Alcolumbre e críticas ao governo

Por sua vez, Davi Alcolumbre utilizou sua nota oficial para criticar setores do Executivo, acusando-os de tentar criar uma falsa impressão perante a sociedade de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico.

"É nítida a tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão, perante a sociedade, de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico, com cargos e emendas", afirmou o presidente do Senado.

Origem do conflito

O clima de tensão entre o governo e o Senado teve início após o presidente Lula indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação contrariou abertamente a vontade de Alcolumbre, que desejava ver o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado político, nomeado para o cargo.

A decisão de Lula levou Alcolumbre a declarar o fim do relacionamento institucional com o governo, acirrando ainda mais os ânimos no cenário político brasileiro e levantando questões sobre o futuro da governabilidade.