
O cenário político brasileiro esquentou novamente nesta terça-feira, e não foi pouco. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, resolveu cutucar a onça com vara curta — e meteu os pés pelas mãos no Supremo Tribunal Federal.
Ele entrou com um pedido que, convenhamos, vai dar o que falar: quer que os ministros do STF reabram as investigações sobre Jair Bolsonaro. A acusação? Aquela velha história de que o ex-presidente teria se metido onde não foi chamado — no caso, nos assuntos internos da Polícia Federal.
O que está por trás do pedido
Parece que Gonet não está muito convencido com aquela arquivação do inquérito que rolou em março. Na época, o então ministro Dias Toffoli engavetou o caso, mas agora o procurador acha que tem coisa nova pra contar.
E olha só que interessante: ele alega que surgiram novos elementos depois que a PF mandou um ofício pro STF em agosto. O documento em questão tratava justamente de investigações sobre supostas interferências do governo anterior na corporação. Coincidência? Difícil acreditar.
Os detalhes que fazem diferença
O pedido é específico — e isso que assusta. Gonet quer que o Supremo dê uma olhada em dois pontos bem concretos:
- As supostas tentativas de Bolsonaro de indicar delegados da PF que fossem... como dizer... mais alinhados aos seus interesses
- Aquela história meio mal contada sobre a exoneração do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo
E tem mais: o procurador joga uma pá de cal na defesa do ex-presidente. Diz que as justificativas dadas por Bolsonaro — aquela conversa fiada sobre "necessidade de renovação" — não colam mais. Parece piada pronta, mas não é.
Por que isso importa agora?
O timing é tudo na política, não é mesmo? O caso estava quietinho, quase esquecido, e agora volta com força total. E não é só fogo de palha — Gonet argumenta que as novas informações são sólidas como rocha.
Ele foi direto ao ponto: "As novas informações trazidas pela autoridade policial afastam as premissas que justificaram o arquivamento". Em português claro: tem coisa nova no pedaço e precisamos investigar.
O que me deixa pensando é: será que vamos ver mais um capítulo dessa novela que já dura anos? A sensação é de déjà vu, mas com tempero novo.
O que esperar do STF
Agora a bola está com o Supremo. Os ministros vão ter que decidir se dão corda a esse papo ou se mantêm o caso engavetado. E convenhamos — não vai ser uma decisão fácil.
O pedido de Gonet chegou na mesa do ministro Luís Roberto Barroso, que agora é o relator do caso. Barroso, conhecido por não ter papas na língua, vai analisar o material e decidir se manda pra frente ou não.
Enquanto isso, em Brasília, o clima fica mais tenso a cada hora. Parece aqueles dias de chuva que anunciam tempestade — você sabe que vai vir coisa grande, só não sabe quando.
O certo é que essa história ainda vai dar muita discussão. E eu, particularmente, duvido que termine quietinha.