A ministra das Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann, manifestou apoio público à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Em suas redes sociais, a petista defendeu que a decisão judicial segue rigorosamente os procedimentos legais.
Fundamentação da decisão de prisão
Em publicação na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, Gleisi Hoffmann detalhou os argumentos que sustentam a medida cautelar. A ministra destacou que a decisão considera os riscos concretos de fuga do ex-presidente, especialmente diante da iminência do trânsito em julgado de sua condenação, que totaliza mais de 27 anos de prisão por envolvimento em tentativa de golpe de Estado.
Gleisi enfatizou que a fundamentação de Alexandre de Moraes leva em conta, de maneira apropriada, os antecedentes do ex-presidente na trama golpista. Ela mencionou especificamente as violentas tentativas de coação ao Judiciário, incluindo o que classificou como "tarifaço" e as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil através da Lei Magnitsky.
Reações políticas à prisão
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, também se manifestou sobre a prisão do ex-presidente. O parlamentar comemorou a decisão com a expressão "Grande dia!", e analisou que a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, teve papel crucial na determinação da prisão preventiva.
Lindbergh Farias argumentou que o ato transformou um processo criminal em manifestação política, criando um clima de intimidação contra o STF e a Polícia Federal. Segundo sua avaliação, a mobilização reforçou os riscos de desestabilização institucional e de interferência no andamento regular do processo judicial.
Contexto legal e político
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi decretada no sábado, dia 22 de novembro de 2025, pelo ministro Alexandre de Moraes. A medida ocorre em um contexto de crescente tensão política e avanço dos processos judiciais contra o ex-presidente.
Gleisi Hoffmann finalizou sua manifestação reafirmando que na democracia, a Justiça deve ser cumprida, posicionando-se claramente em defesa das instituições e do Estado Democrático de Direito. A declaração da ministra reforça o alinhamento do governo Lula com as decisões do Poder Judiciário neste caso específico.