
O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de um confronto jurídico de alto nível nesta semana. Dois nomes centrais do governo Bolsonaro, Mauro Cid e Braga Netto, prestaram depoimentos com versões diametralmente opostas sobre os eventos de 8 de novembro de 2022.
O que disse Mauro Cid?
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou em seu depoimento que Braga Netto, então ministro da Defesa, teria participado ativamente de reuniões onde se discutia a possibilidade de intervenção nas eleições. Segundo Cid, o militar demonstrava conhecimento prévio sobre os atos que viriam a ocorrer.
A defesa de Braga Netto
Já o ex-ministro negou veementemente qualquer envolvimento com planejamento antidemocrático. Em declaração ao STF, Braga Netto classificou as acusações como "infundadas" e afirmou que cumpriu rigorosamente seu papel institucional durante todo o período.
As contradições que preocupam a Justiça
As divergências entre os depoimentos chamaram atenção dos ministros do Supremo. Entre os pontos mais sensíveis estão:
- O nível de detalhamento sobre reuniões no Palácio do Planalto
- As comunicações entre membros do governo no período crítico
- O conhecimento prévio sobre manifestações de militares
Analistas jurídicos avaliam que esse confronto de versões pode ser decisivo para o andamento do inquérito que investiga supostos atos contra a democracia.