Bolsonaro revela problemas de saúde em audiência e tem prisão homologada
Bolsonaro na PF: refluxo, apneia e 27 anos de prisão

Ex-presidente detalha condições de saúde durante audiência

Em depoimento por videoconferência realizado nesta quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou que sofre de refluxo e apneia do sono, condições que exigem uma alimentação especializada. Durante sua audiência de custódia, Bolsonaro também informou que faz uso de cinco medicamentos diferentes.

O testemunho foi prestado à juíza auxiliar Flávia Martins de Carvalho, do gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes. Bolsonaro afirmou que nunca havia respondido a processo criminal anteriormente e não apontou qualquer irregularidade na forma como as autoridades policiais cumpriram o mandado de prisão.

Prisão é homologada após manifestação da PGR

Após a declaração do ex-presidente, a Procuradoria-Geral da República se manifestou pela regularidade da prisão. A juíza Flávia Martins de Carvalho então homologou o cumprimento do mandado de prisão.

Segundo a ata da audiência, os advogados de defesa de Bolsonaro não fizeram perguntas durante o procedimento. O ex-presidente cumpre pena desde o último sábado (22) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Condenação definitiva e condições da prisão

Na terça-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter Bolsonaro na sede regional da PF e oficializou a condenação definitiva do ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022.

Bolsonaro está preso na chamada sala de Estado-Maior da PF, um espaço de 12 m² que oferece maior conforto em comparação com um presídio comum. A estrutura inclui televisão, ar-condicionado, banheiro privativo e uma escrivaninha, além de não ter contato com outros detentos.

Moraes também determinou que o ex-presidente deve receber atendimento médico em tempo integral, em regime de plantão, garantindo acesso da equipe médica sem necessidade de autorização judicial prévia.

Em desenvolvimento paralelo, o Partido Liberal (PL) suspendeu o salário de Bolsonaro após sua prisão, marcando mais um capítulo na queda política do ex-presidente.