Parece que o tabuleiro político internacional está se rearranjando diante dos nossos olhos. Enquanto aqui no Brasil vivemos a despedida de uma das figuras mais marcantes do Judiciário, do outro lado do mundo uma guerra que parecia interminável finalmente dá sinais de cansaço.
Luís Roberto Barroso, aquele ministro que nunca passou despercebido, está mesmo pendurando a toga. E que jornada! Treze anos no Supremo não são brincadeira — é tempo suficiente para ver governos chegarem, irem embora e até para protagonizar decisões que dividiram o país ao meio. O cara que muitos chamavam de "ativista" e outros de "guardião da Constituição" deixa um vazio que vai demorar para ser preenchido.
O Legado de Barroso: Muito Além das Pautas Progressistas
Ah, o Barroso... Quem não se lembra daquelas votações que paravam o país? Caso mesmo polêmico, ele tinha o dom de gerar reações intensas de ambos os lados do espectro político. Mas reduzir sua trajetória apenas às chamadas "pautas progressistas" seria contar apenas metade da história.
O ministro sempre defendeu — e isso é importante destacar — que seu compromisso era com a Constituição, não com ideologias momentâneas. "O STF não é superego da sociedade", ele costumava dizer, numa daquelas frases que soam como um soco no estômago de quem espera simplificações fáceis.
Gaza: Dois Anos de Inferno e Uma Trégua Incerta
Enquanto isso, no Oriente Médio... Meu Deus, dois anos! Parece até mais, não é? Dois anos de bombardeios, de imagens terríveis na televisão, de crianças mortas e de um sofrimento que desafia qualquer descrição.
Agora, finalmente, os canhões se calaram. Mas será que a paz veio para ficar? Esses acordos de cessar-fogo sempre me deixam com um pé atrás — é como confiar em areia movediça. As partes envolvidas anunciaram o fim das hostilidades, porém as feridas abertas nesses 24 meses vão demorar décadas para cicatrizar.
O que me impressiona, francamente, é a resistência humana. Como as pessoas conseguem reconstruir suas vidas em meio a escombros literais e emocionais? Talvez essa seja a verdadeira notícia por trás da notícia.
O Brasil no Mundo: Entre Despedidas e Novos Começos
E onde fica o Brasil nesse quebra-cabeça global? Bem, estamos vivendo nosso próprio momento de transição. A saída de Barroso do STF coincide com esse respiro no conflito internacional — duas histórias aparentemente desconexas, mas que falam sobre capítulos que se fecham e outros que se abrem.
O ministro deixa o cargo no mesmo mês em que a guerra mais sangrenta dos últimos anos chega ao fim. Coincidência? Talvez. Mas é difícil não ver um simbolismo aí: enquanto uma era termina no Judiciário brasileiro, talvez uma nova comece nas relações internacionais.
Resta saber — e isso é o mais importante — que lições vamos tirar de tudo isso. Tanto do legado de Barroso quanto do conflito em Gaza. Porque no fundo, tanto na política quanto na guerra, o que realmente importa é o que aprendemos para não repetir os mesmos erros.
O futuro, como sempre, é uma página em branco. Cabe a nós escrever uma história melhor.
