E então, eis que chega o momento. Depois de tantos anos vestindo a toga preta, o ministro Luis Roberto Barroso resolveu pendurá-la no cabide. Sim, o mesmo cabide onde tantas decisões importantes foram tomadas - algumas que deixaram metade do país aplaudindo e a outra metade querendo se mudar para outro planeta.
Na verdade, a notícia veio meio que de supetão. Barroso, que já completou 67 anos - idade que dá direito à aposentadoria compulsória no STF - decidiu que está na hora. E olha que ele poderia ter ficado até 2027, mas parece que o chamado da vida além dos tribunais falou mais alto.
Da Academia ao Poder: Uma Jornada Inusitada
Pensa numa carreira que começou longe dos holofotes. Barroso não chegou ao Supremo de paraquedas - ele escalou aquela montanha a unhas e dentes. Primeiro como professor, depois como advogado de causos importantes, até que em 2013 a então presidenta Dilma Rousseff o indicou.
E que indicação! O cara chegou no STF e simplesmente virou uma das vozes mais influentes daquela casa. Alguns amam, outros nem tanto - mas ninguém pode negar que ele marcou posição.
Os Casos Que Fizeram História
Ah, se essas paredes do STF pudessem falar... Elas contariam sobre Barroso presidindo o TSE em 2022, numa eleição que parecia um jogo de tabuleiro onde todas as peças estavam quentes. Lembram daquelas votações sobre fake news? Pois é, ele estava lá no olho do furacão.
- Foi relator da criminalização da homofobia - decisão que deixou muita gente pensando
- Liberou o porte de maconha para uso pessoal - polêmica na certa
- Defendeu a prisão após segunda instância - assunto que divide opiniões até hoje
E não para por aí. Como presidente do TSE, ele enfrentou aquele período turbulento pós-eleição com uma calma que deixava todo mundo impressionado. Ou será que por dentro ele estava tendo um infarto? Nunca saberemos - o homem é discreto.
O Que Vem Por Aí?
Agora começa o xadrez político. Quem vai ocupar essa cadeira quente? O presidente Lula já deve ter uma listinha no bolso - ou no WhatsApp - com possíveis nomes. A especulação corre solta pelos corredores de Brasília.
Enquanto isso, Barroso planeja seus próximos passos. Dizem que ele quer voltar para a vida acadêmica, escrever livros, quem sabe até dar aquela viajada que sempre adiou. Imagina ele acordando numa segunda-feira sem ter que ler 500 páginas de processos? Deve ser um alívio e tanto.
O fato é que o STF nunca mais será o mesmo. Cada ministro deixa sua marca, mas alguns - como Barroso - deixam uma espécie de buraco que será difícil tapar. Resta saber quem terá coragem - e estômago - para sentar naquela cadeira.
Uma coisa é certa: as discussões nos grupos de família e nos bares do Brasil vão continuar, com ou sem Barroso. A vida - e a política - seguem seu curso.
