Alcolumbre pressiona senadores contra indicação de Messias ao STF
Alcolumbre pressiona senadores contra Messias no STF

O governo Lula enfrenta mais uma crise política no Congresso Nacional, desta vez envolvendo a indicação de Jorge Messias para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. O episódio revela as dificuldades do Planalto em articular politicamente com os parlamentares.

Pressão direta no Senado

Nesta semana conturbada para o governo federal no Congresso, um incidente envolvendo Jorge Messias expôs claramente os problemas de articulação política do Palácio do Planalto. Um senador que havia sido visitado pelo indicado de Lula para o STF recebeu, minutos após a reunião em seu gabinete, um telefonema de Davi Alcolumbre, presidente do Senado pelo União Brasil-AP.

Na ligação, Alcolumbre pressionou abertamente o parlamentar para votar contra a indicação de Messias ao Supremo Tribunal Federal. Diante da intervenção direta do presidente da Casa, o senador comprometeu-se a seguir a orientação e rejeitar a nomeação do candidato do governo.

Articulação política em crise

O episódio ocorrido em 28 de novembro de 2025 demonstra a fragilidade da base governista no Congresso Nacional. A ação de Alcolumbre, uma das principais lideranças do Senado, evidencia que o governo Lula não consegue garantir o apoio necessário mesmo para indicações consideradas estratégicas, como vagas no STF.

A situação se torna ainda mais delicada por envolver o chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, nome de confiança do presidente Lula para compor o Supremo. A pressão aberta do presidente do Senado contra um indicado do Planalto representa um sério revés para a administração federal.

Consequências para o governo

Este caso específico envolvendo Messias e Alcolumbre ilustra um problema mais amplo: a dificuldade do Planalto em construir consensos e garantir lealdade política no Congresso. A capacidade de articulação do governo, essencial para aprovar seu projeto de governo, mostra-se comprometida.

O telefonema de Alcolumbre ocorreu imediatamente após a visita de cortesia de Messias, indicando que a movimentação do governo é acompanhada de perto pela oposição, que age rapidamente para contrapor as iniciativas do Planalto.

O desfecho desta crise política ainda é incerto, mas o episódio já deixa claro que a batalha pela indicação de Messias ao STF será árdua para o governo Lula, que precisará redobrar seus esforços de negociação com as bancadas do Congresso Nacional.