Senado define futuro de Paulo Gonet na Procuradoria-Geral da República
O destino de Paulo Gonet à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) será decidido nesta quarta-feira no Senado Federal. O indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um novo mandato de dois anos enfrenta seu momento decisivo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Na véspera da sabatina, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não garantiu a aprovação do procurador-geral. Questionado sobre se Gonet passaria tranquilamente pela ratificação, Alcolumbre foi direto: "Estou atrás de voto".
Os números decisivos para a permanência de Gonet
Para conseguir a recondução ao cargo, Paulo Gonet precisa conquistar duas maiorias absolutas distintas. Na CCJ, são necessários pelo menos 14 votos favoráveis entre os senadores da comissão. Caso supere esta primeira etapa, precisará de 41 votos no plenário do Senado para confirmar seu mandato.
O relator da indicação, senador Omar Aziz (PSD-AM), já apresentou seu parecer na CCJ na semana passada. O presidente da comissão, Otto Alencar (PSD-BA), concedeu vista coletiva, adiando a sabatina e a votação - que será secreta - para esta quarta-feira.
Contexto político da indicação
Paulo Gonet já passou por sabatina semelhante em dezembro de 2023, quando foi indicado pela primeira vez para o cargo. Agora, busca a recondução para mais dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República.
A declaração cautelosa de Alcolumbre indica que a aprovação não está garantida e que há trabalho político sendo realizado nos bastidores do Senado para assegurar os votos necessários. A situação demonstra que, mesmo sendo uma recondução, o processo exige negociações e convencimento entre os parlamentares.
O desfecho desta quarta-feira na CCJ será determinante para o futuro da Procuradoria-Geral da República e poderá indicar o nível de apoio que Gonet possui entre os senadores brasileiros.