Zelensky é Incisivo: 'Nem um Centímetro de Terra' para a Rússia, Declara em Entrevista Explosiva
Zelensky: "Nem um centímetro" de terra para a Rússia

O clima, digamos, não está para concessões. Longe disso. Em uma entrevista que mais parecia um manifesto, Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano, deixou uma coisa absolutamente clara: a ideia de entregar pedaços do seu país para encerrar a guerra é, simplesmente, inadmissível.

Numa conversa franca com a jornalista Christiane Amanpour, da CNN, ele foi direto ao ponto. A Rússia quer sentar para negociar? Que sente. Mas que ninguém espere, nem por um segundo, que a Ucrânia vá abrir mão de territórios como Crimeia ou as regiões do Donbas. "Não vamos ceder territórios. Ponto final", disparou, sem rodeios.

O Cerne da Questão: Soberania ou Nada

Zelensky vai além. Ele não vê a situação como uma simples disputa por terra. Para ele, é algo muito mais profundo e sombrio. A acusação é grave: o objetivo de Moscou, na visão dele, não é só expandir fronteiras, mas sim apagar a própria existência da Ucrânia como nação independente. É sobre identidade, cultura, história. É uma tentativa de "destruir a Ucrânia por completo".

E as sugestões de alguns líderes ocidentais para um cessar-fogo que congelaria as linhas de frente atuais? Ele praticamente as descarta com um gesto de mão. Aceitar isso seria, em suas palavras, dar à Rússia uma "pausa" estratégica. Tempo para respirar, se rearmar, e depois voltar ainda mais forte. Um erro tático colossal que ele não está disposto a cometer.

Uma Longa Guerra pela Frente?

A realidade no campo é dura, e Zelensky não esconde. Os combates estão intensos, principalmente nas regiões de Donetsk e Kharkiv. A cidade de Pokrovsk, por exemplo, vive sob uma pressão brutal das forças russas. A sensação é de que a ofensiva de Moscou não dá trégua.

Mas e aí? O que esperar? A triste constatação é que essa guerra, que já arrasta há anos, parece longe de um desfecho. Com posições tão irreconciliáveis – de um lado, a Ucrânia defendendo sua integridade a qualquer custo; do outro, a Rússia insistindo em suas conquistas –, o caminho para a paz parece incrivelmente estreito. Quase inexistente.

Enquanto isso, a população civil segue pagando o preço mais alto. E o mundo observa, numa mistura de preocupação e, vamos ser honestos, uma certa fadiga de uma guerra que teima em não acabar.