
O telefone não para de tocar entre Kiev e Mar-a-Lago. Pela segunda vez em menos de 48 horas, Volodymyr Zelensky e Donald Trump mantiveram um diálogo direto que está fazendo analistas políticos ao redor do mundo coçarem a cabeça. O que diabos está em jogo aqui?
Segundo fontes próximas ao governo ucraniano — que preferiram não se identificar —, a conversa desta quarta-feira foi "substancial e prolongada". Não foi apenas um cumprimento rápido ou formalidade diplomática. Durou tempo suficiente para tratar de assuntos complexos, algo que me faz pensar: será que estão costurando algum acordo por debaixo dos panos?
O timing é tudo
Dois dias seguidos. Isso não é coincidência, nem protocolo normal de relações internacionais. Quando políticos de alto escalão conversam com essa frequência, geralmente tem fogo no parquinho. Especialmente considerando que Trump está atualmente na corrida presidencial americana.
O porta-voz presidencial ucraniano, Sergii Nykyforov, confirmou o fato mas — claro — não entrou em detalhes. "Sim, houve uma conversa", disse de forma evasiva. Típico de diplomacia quando não querem que a gente saiba o que realmente está acontecendo.
O contexto que importa
Enquanto isso, no front de batalha, a situação continua tensa. A Rússia segue avançando em Donetsk, e os ucranianos precisam desesperadamente de mais armamento. Coincidência que essas conversas acontecem justamente quando o Congresso americano debate novos pacotes de ajuda militar? Acho difícil.
Trump sempre se gabou de ter uma "relação especial" com Putin. Será que está tentando se posicionar como mediador? Ou talvez esteja garantindo seu lugar na mesa de negociações, caso volte à Casa Branca? As possibilidades são infinitas, e francamente, um tanto preocupantes.
O silêncio que fala mais alto
O que me deixa mais intrigado é o que NÃO está sendo dito. Nenhum comunicado oficial detalhado, nenhuma declaração conjunta, apenas a confirmação básica de que a conversa aconteceu. Em diplomacia, quando as partes são tão reservadas, geralmente significa que as discussões são sensíveis demais para vazamentos.
Enquanto isso, em Washington, a administração atual assiste de camarote. Imagino a tensão na Sala de Situação — o atual presidente conversando com quem pode ser o próximo, sobre um conflito que define a ordem global. É como assistir a um jogo de xadrez onde as peças se movem sozinhas.
Uma coisa é certa: o mundo está de olho. Essas conversas podem estar moldando não apenas o futuro da Ucrânia, mas o equilíbrio de poder global para os próximos anos. E nós, meros espectadores, só podemos especular enquanto assistimos a história se desenrolar, um telefonema de cada vez.