
Numa jogada contra o relógio que deixou diplomatas de cabelos em pé, Volodymyr Zelensky colocou a Europa contra a parede. O líder ucraniano — aquele mesmo que trocou ternos por camisetas cáqui — exige respostas concretas sobre proteção militar em... apenas dez dias. Parece filme de ação, mas é a geopolítica do século XXI.
De Bruxelas a Berlim, os gabinetes governamentais parecem formigueiros perturbados. Fontes próximas ao Palácio Mariinsky revelam que o prazo curto não é acaso: "Quando se está com água no pescoço, não dá para esperar a próxima maré", comentou um assessor sob condição de anonimato.
O que está sobre a mesa?
- Tratados bilaterais de defesa com Reino Unido, França e Alemanha
- Compromisso de reabastecimento militar contínuo
- Cláusulas de resposta rápida em caso de nova escalada
Enquanto isso, nas fronteiras do Leste Europeu, soldados ajustam os binóculos com dedos gelados. O inverno — aquele velho aliado de Moscou — começa a cerrar os dentes. E Zelensky sabe melhor que ninguém: na guerra como no poker, quem hesita perde a mesa.
Analistas ouvidos pela nossa equipe divergem como torcidas rivais. Uns veem estratégia brilhante; outros, "um tiro no pé diplomático". Mas concordam num ponto: essas duas semanas podem definir se 2024 será ano de tréguas... ou de tanques avançando sobre a neve.