
Não é de hoje que o tema das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil gera debate. Mas agora, o ex-presidente americano resolveu tirar a máscara — ou melhor, confirmar o que muitos já desconfiavam.
Em declarações recentes, Trump admitiu sem rodeios que aquelas tarifas sobre o aço brasileiro em 2018 não eram apenas uma jogada econômica. Tinham dedo político, e dos grossos. "Foi uma resposta ao governo Bolsonaro", soltou, como quem joga uma bomba e sai andando.
O jogo das cadeiras giratórias
Quem acompanha o noticiário internacional sabe: política e economia são como irmãos siameses. Às vezes brigam, mas nunca se separam. No caso das tarifas, a coisa foi ainda mais explícita.
Segundo Trump, a medida foi uma reação direta à decisão do Brasil de não apoiar a indicação de um embaixador americano para a OMC. Coisa de bastidor, mas que acabou parando no bolso do contribuinte.
Números que doem
Para se ter ideia do estrago:
- As exportações brasileiras de aço para os EUA caíram quase 30% após as tarifas
- Setor estima prejuízos na casa dos bilhões de dólares
- Empregos foram perdidos — e não foram poucos
E o pior? Tudo porque alguém, em algum gabinete com ar-condicionado, decidiu fazer birra diplomática.
E agora, José?
Com Biden na Casa Branca, o clima melhorou — um pouco. Mas essa confissão de Trump deixa um gosto amargo na boca. Mostra como decisões aparentemente técnicas podem esconder jogos de poder que custam caro para o cidadão comum.
Será que aprendemos a lição? Difícil dizer. O que sabemos é que, no xadrez internacional, às vezes somos peões em vez de jogadores. E isso, convenhamos, não é lá muito animador.