
Não é de hoje que Donald Trump gosta de chacoalhar o tabuleiro geopolítico. Dessa vez, o ex-presidente americano — que já tinha feito essa manobra em 2017 — decidiu tirar os Estados Unidos da UNESCO de novo. A organização, que cuida de patrimônios culturais e educação no mundo inteiro, não escondeu a decepção.
"É um tiro no pé", comentou um diplomata europeu sob condição de anonimato. "Agora, quem vai bancar os projetos em países vulneráveis?"
O que isso significa na prática?
Sem os US$ 150 milhões anuais que os americanos contribuíam (ou deviam, já que estavam inadimplentes desde 2011), a UNESCO terá que:
- Reduzir programas de preservação cultural
- Adiar missões educacionais na África
- Repensar a proteção de sítios históricos em zonas de conflito
Curiosamente, a decisão coincide com a indicação de um novo diretor-geral — e olha que a eleição tá mais acirrada que final de Copa do Mundo.
E o Brasil nessa história?
Nosso país, que já teve um pé atrás com a UNESCO nos anos 1980, agora vira peça-chave. "Precisamos assumir liderança na América Latina", defendeu uma fonte do Itamaraty, enquanto tomava um café bem carregado.
Mas nem todo mundo concorda. Alguns especialistas acham que é hora de repensar o próprio modelo da organização — que, diga-se de passagem, tem orçamento mais enxuto que o de muitas prefeituras brasileiras.
Uma coisa é certa: o mundo da cultura e da educação acaba de levar mais um golpe. Resta saber se será KO ou apenas um knockdown.