O cenário geopolítico nas Américas pode estar prestes a virar de cabeça para baixo. E não, não é exagero. Numa daquelas declarações que fazem os analistas políticos perderem o sono, Donald Trump soltou uma bomba nesta terça-feira: os Estados Unidos estão seriamente considerando algo que até pouco tempo atrás parecia impensável.
Estamos falando de enviar tropas americanas para solo mexicano. Sim, você leu direito. A ideia é enfrentar os cartéis de droga diretamente em seu território, numa operação terrestre de larga escala.
Uma Mudança Radical na Estratégia
O que Trump propõe não é mais daquelas operações encobertas ou ataques pontuais. A conversa agora é sobre uma intervenção militar de verdade, com soldados americanos atuando abertamente no México. Uma mudança de postura que, convenhamos, é para deixar qualquer um de cabelo em pé.
"Estamos estudando operações terrestres contra os cartéis", afirmou o ex-presidente, sem rodeios. A declaração veio durante um evento em que ele não economizou nas críticas ao atual governo Biden, acusando-o de ser "mole" no combate ao narcotráfico.
As Implicações que Assustam
Pensa bem na encrenca que isso pode virar:
- Violação clara da soberania mexicana
- Possível escalada de violência na região
- Crise diplomática de proporções históricas
- Risco de confronto direto entre forças de segurança
Não é difícil imaginar o rebuliço que essa notícia causou nos corredores diplomáticos. O governo mexicano, como era de se esperar, já deve estar com os nervos à flor da pele.
O Contexto que Explica (Mas Não Justifica)
Trump não chegou a essa posição do nada. A crise de fentanilo nos EUA virou uma verdadeira epidemia, com overdoses matando mais americanos do que muitas guerras. Do outro lado da fronteira, os cartéis mexicanos só fazem crescer em poder e ousadia.
"A situação está fora de controle", disparou o republicano, com aquela sua retórica característica que tanto divide opiniões. Para ele, medidas convencionais não estão mais funcionando - daí a necessidade de partir para o "plano B", por mais radical que pareça.
O que me faz pensar: será que estamos mesmo diante da única solução possível? Ou será um tiro no pé que pode piorar tudo?
O Elefante na Sala
Não dá para ignorar o timing político dessa declaração. Com as eleições americanas se aproximando, Trump claramente quer posicionar-se como o candidato "duro" na segurança nacional. É populismo puro ou legítima preocupação com a crise das drogas? Difícil dizer.
O que sabemos é que, nas palavras dele, a atual administração "não tem coragem" para enfrentar o problema como deveria. Uma crítica que, convenhamos, já virou praticamente um bordão em seu repertório.
E Agora, José?
Enquanto isso, do lado de cá da fronteira, a pergunta que não quer calar: como o México vai reagir a essa afronta? A relação entre os dois países, que já não era nenhum mar de rosas, pode entrar num dos seus períodos mais tensos da história recente.
Uma coisa é certa: se esses planos saírem do papel, as consequências vão muito além do combate aos cartéis. Estamos falando de redefinir completamente as regras do jogo na relação entre nações soberanas.
O que você acha? Medida necessária ou caminho perigoso? Uma coisa é inegável - a geopolítica das Américas nunca mais será a mesma depois dessa.
