Trump e Putin marcam encontro, e Europa reage: 'Paz na Ucrânia não se decide sem os ucranianos'
Trump e Putin se reúnem; Europa critica exclusão da Ucrânia

Eis que o mundo para quando dois gigantes da política resolvem sentar à mesma mesa. Donald Trump e Vladimir Putin — dois nomes que dispensam apresentações — marcaram um encontro que já está dando o que falar. A notícia, que vazou como um rastilho de pólvora, deixou os corredores de Bruxelas em polvorosa.

Não é pra menos. Enquanto os dois exercem um fascínio quase hipnótico sobre seus apoiadores, a Europa — aquela velha dama de trajes austeros — não engoliu a história sem fazer cara feia. "A paz não é um jantar a dois", soltou um diplomata anônimo, misturando metáforas com aquele tom seco típico de quem está de saco cheio.

O tabuleiro geopolítico esquenta

Parece que 2025 resolveu repetir os melhores (ou piores) momentos da Guerra Fria. Só que agora com tweets, vazamentos e uma pitada de reality show. O anúncio da reunião — ainda sem data certa, porque nada com esses dois é simples — chegou como um tijolo nas vidraças das capitais europeias.

  • Washington: Trump, sempre performático, chamou o encontro de "oportunidade histórica" (claro que ele usou todas as letras maiúsculas)
  • Moscou: Putin, mais contido, limitou-se a dizer que "diálogo é sempre útil" — o que, vindo dele, soa quase como uma ameaça
  • Bruxelas: Onde os burocratas da UE parecem ter engolido um limão inteiro

E no meio disso tudo, a Ucrânia — o país que está literalmente pegando fogo — assiste à cena como convidado de pedra. "Absurdo", resmungou um assessor de Zelensky, enquanto ajustava o uniforme militar.

O que está em jogo?

Imagine a cena: dois ex-agentes da KGB (sim, Trump também, segundo algumas teorias malucas) decidindo o futuro de um conflito que já matou centenas de milhares. A Europa, é claro, não está nem um pouco satisfeita com esse roteiro.

"Parece aquela velha piada", comentou uma analista em Berlim, "onde o médico discute o tratamento com o vírus, mas esquece de falar com o paciente". A analogia pode ser tosca, mas acerta em cheio no desconforto que a situação provoca.

Os números não mentem:

  • 18 meses de guerra
  • Mais de 200.000 baixas
  • Economia europeia perdendo fôlego

E agora essa. O timing, convenhamos, é no mínimo suspeito — Trump em campanha eleitoral, Putin encurralado por sanções, e a Europa tentando não parecer irrelevante.

O que dizem os especialistas?

"É uma jogada arriscada", avalia o professor de relações internacionais Carlos Mendes, da PUC-Rio. "Por um lado, qualquer diálogo é melhor que troca de míssil. Por outro, excluir a Ucrânia é como assinar um cheque em branco para a Rússia."

Já a analista política Ana Beatriz Souza é mais cética: "Isso tem cheiro de eleição americana. Trump quer aparecer como o pacificador, mesmo que a conta seja paga pelos ucranianos."

Enquanto isso, nas ruas de Kiev, a reação foi imediata. "Nós não somos peças de xadrez", gritava um manifestante, segurando uma bandeira ensanguentada. A cena, capturada por jornalistas, viralizou em minutos.

E agora?

O palco está armado para mais um capítulo dessa novela que mistura House of Cards com Game of Thrones. A Europa — aquela que sempre paga o pato — tenta articular uma resposta unificada, mas sabe-se lá se vai conseguir.

Uma coisa é certa: enquanto os grandes brincam de guerra, os pequenos continuam sangrando. E ninguém — absolutamente ninguém — parece ter a menor ideia de como isso vai terminar.