
Numa daquelas reviravoltas que só a política internacional proporciona, eis que Donald Trump resolveu colocar a boca no trombone. O ex-presidente americano, conhecido por não medir palavras, simplesmente soltou o verbo durante um comício na Flórida e deixou claro: está profundamente desapontado com a nação verde e amarela.
Não foi um comentário de passagem, não. Trump dedicou um bom tempo do seu discurso para falar especificamente sobre o Brasil, o que já é, convenhamos, bastante incomum. A plateia, é claro, ficou toda ouvidos.
O Peso das Palavras
O que teria motivado tamanha frustração? Bom, a gente sabe que a relação entre Trump e o presidente Lula nunca foi exatamente um mar de rosas. Na verdade, lembra mais aquela briga de família que todo mundo sabe que existe, mas ninguém comenta abertamente.
E por falar em comentar, já houve tempo em que os elogios fluíam mais facilmente. Em 2018, por exemplo, Trump chegou a classificar o então ex-presidente Lula como "um cara durão" – um elogio no peculiar dicionário político do republicano. Mas a coisa esfriou, e como.
Amizade? Nem Pensar
A parte mais contundente do discurso veio quando ele foi questionado sobre a possibilidade de uma relação mais amistosa com o atual governo brasileiro. A resposta foi seca e direta: "Antes da amizade...", deixando a frase no ar, mas o recado claro como água.
É aquela velha história: na diplomacia, às vezes o que não é dito vale mais do que mil palavras. E o silêncio estratégico de Trump falou volumes sobre o atual estado das relações bilaterais.
- 2018: Trump elogia Lula publicamente, chamando-o de "political tough guy".
- Era Bolsonaro: Relação extremamente próxima, considerada a "lua de mel" diplomática.
- Pós-2022: Mudança de governo no Brasil resfria drasticamente o relacionamento.
Analistas que acompanham o tema já antecipam turbulência caso Trump vença as eleições americanas em novembro. A sintonia que existia com o governo anterior simplesmente evaporou, e reconstruir pontes nunca é tarefa fácil.
Resta saber como o Planalto vai reagir a mais esse capítulo da já complicada relação entre dois dos líderes mais carismáticos – e polêmicos – do cenário global atual. Uma coisa é certa: o assunto está longe de terminar.