
O clima no Itamaraty não estava nada amistoso nesta terça-feira. Depois de uma reunião que se estendeu por horas, um senador — que preferiu não se identificar — soltou o verbo: "Estamos dançando no fio da navalha", disparou, referindo-se às novas tarifas anunciadas por Donald Trump.
E não era exagero. A medida, que pegou muitos de surpresa, pode deixar o Brasil numa saia justa no cenário internacional. Traduzindo: risco real de isolamento comercial e prejuízos na casa dos bilhões.
O que está por trás da polêmica?
Trump, sempre imprevisível, decidiu aumentar as tarifas para uma série de produtos brasileiros. Açúcar, aço, suco de laranja — nada escapou. (E olha que a lista não é pequena.)
"É um tiro no pé", comentou um assessor do Ministério da Economia, sob condição de anonimato. Mas por quê? Simples: o Brasil exporta muito para os EUA. Qualquer barreira comercial dói — e dói feio.
Reação em cadeia
O senador, que participou das discussões, foi categórico: "Se não reagirmos com inteligência, outros países podem seguir o exemplo." E aí, meu amigo, o buraco é mais embaixo:
- Perda de mercados estratégicos
- Queda na produção industrial
- Desemprego em setores vulneráveis
Não à toa, o Itamaraty está em pé de guerra. Diplomatas trabalham contra o relógio para evitar que a situação escale — mas, entre nós, as opções são limitadas.
E agora, José?
O governo brasileiro tem três caminhos, nenhum deles fácil:
- Negociação direta: Tentar convencer os americanos a recuar (difícil, mas não impossível)
- Retaliação: Criar barreiras equivalentes (arriscado, pode piorar a situação)
- Recorrer à OMC: Levar o caso à Organização Mundial do Comércio (lento e incerto)
"Estamos entre a cruz e a espada", admitiu o senador, esfregando os olhos cansados. "Trump joga xadrez enquanto a gente ainda está aprendendo damas."
Enquanto isso, empresários do agronegócio — os mais afetados — já começam a sentir o calo apertar. Será que o Brasil vai conseguir sair dessa enrascada? A resposta, infelizmente, ainda está no forno.