Milei aposta em economista ortodoxo: Luis Caputo é o novo chanceler da Argentina
Milei nomeia Caputo como novo chanceler argentino

Em uma jogada estratégica que reforça seu compromisso com a ortodoxia econômica, o presidente argentino Javier Milei anunciou nesta quarta-feira a nomeação de Luis Caputo como novo chanceler do país. A decisão chega em um momento crítico para a nação, que enfrenta uma das piores crises econômicas de sua história.

Um nome familiar aos mercados

Caputo não é um rosto novo no governo Milei. O economista já havia servido brevemente como ministro das Finanças no início da atual gestão presidencial, além de ter presidido o Banco Central durante o governo de Mauricio Macri. Sua trajetória é marcada pela passagem por grandes instituições financeiras como o Deutsche Bank e o JP Morgan.

Esta experiência no setor privado e sua familiaridade com os mercados internacionais são vistas como trunfos importantes para o novo desafio que assume na chancelaria argentina.

Mudanças no comando da economia

A nomeação de Caputo faz parte de uma reformulação mais ampla no primeiro escalão do governo. Ele substitui Diana Mondino, que ocupava o cargo desde o início do governo Milei em dezembro de 2023.

Enquanto isso, Guillermo Francos, que atuava como ministro do Interior, assume agora as pastas de Economia e Infraestrutura, concentrando ainda mais poder nas mãos de um aliado próximo do presidente.

O que significa essa mudança?

Analistas políticos avaliam que a escolha de Caputo reflete a intenção de Milei de:

  • Alinhar ainda mais a política externa aos objetivos econômicos do governo
  • Fortalecer a credibilidade internacional da Argentina junto a investidores
  • Manter uma linha dura nas negociações com organismos multilaterais
  • Garantir coerência entre as políticas doméstica e externa

O movimento ocorre em um contexto delicado, com a Argentina buscando recompor relações internacionais que foram tensionadas pelo estilo confrontador de Milei.

Desafios imediatos

Entre as prioridades de Caputo estarão:

  1. A gestão das relações com potências como China e Estados Unidos
  2. As negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI)
  3. O relacionamento com países vizinhos, especialmente o Brasil
  4. A busca por novos investimentos estrangeiros

O sucesso ou fracasso de Caputo na chancelaria poderá ser decisivo para o futuro do governo Milei e para a capacidade da Argentina de superar sua profunda crise econômica.