
E aí, que novidade será essa? O governo argentino, na voz do próprio porta-voz presidencial Manuel Adorni, soltou uma nota curiosa nesta quarta-feira: até agora, nada de pedido de asilo do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Pois é, a situação tá mais enrolada do que fio de telefone. Bolsonaro, que tá por Buenos Aires desde o começo do mês — chegou no dia 3 de agosto, pra ser exato — ainda não deu nenhum passo oficial pra tentar ficar por lá de forma permanente. E olha que a temporada dele como turista tem prazo: o visto vence em outubro.
Do outro lado da moeda, a assessoria do ex-presidente simplesmente se trancou num silêncio de convento. Perguntaram, questionaram, insistiram... Nada. Zero. Absolutamente nenhuma resposta sobre quais são os planos reais do seu chefe. E isso, convenhamos, dá um nó na cabeça de qualquer um.
O Jogo Político nos Bastidores
Enquanto isso, a máquina pública argentina — que vive sob o comando do libertário Javier Milei — joga a real: eles não tomaram iniciativa nenhuma. "O governo argentino não apresentou proposta alguma", afirmou Adorni, secamente, durante o briefing diário com a imprensa. Ou seja, a bola tá inteiramente no campo de Bolsonaro.
E não pense que é só conversa fiada. A declaração oficial saiu depois que um jornal local, o Clarín, soltou a notícia de que Bolsonaro estaria mesmo é buscando asilo político — e que os argentinos estariam avaliando a possibilidade. O governo, claro, negou tudo. Desmentiu na hora.
Imagina a cena: um ex-presidente brasileiro, rodeado de polêmicas e processos judiciais sérios — incluindo aquele esquema pesado de fraude com vacinas — tentando a vida em terras portenhas. Não é algo que passe batido, né?
E Agora, José?
O relógio corre. Os dias passam. E a pergunta que fica, ecoando nos corredores do Planalto e da Casa Rosada, é simples: o que Bolsonaro vai fazer quando o visto dele vencer?
Pedir asilo não é como comprar pão na padaria. É um processo judicial complexo, cheio de idas e vindas, que depende de uma análise minuciosa — e, claro, altamente política. Não é só chegar e pedir.
Enquanto a poeira não assenta, o mundo político dos dois países fica de olho. Uns torcem a favor, outros torcem contra — e a maioria só espera, de olho no noticiário e nas redes sociais, pra ver no que vai dar essa novela.
Uma coisa é certa: o tema ainda vai dar muito pano pra manga.