Madagáscar em Colapso: Presidente Sofre Impeachment e Militares Dissidentes Assumem o Poder
Madagáscar: impeachment e militares tomam poder

Parece que Madagáscar decidiu entrar de cabeça no turbilhão político desta quinta-feira. E que turbilhão! A ilha africana, conhecida por seus lêmures e paisagens deslumbrantes, agora enfrenta uma crise institucional daquelas que deixam o mundo de cabelo em pé.

O impeachment que virou pólvora

O presidente Andry Rajoelina, figura que já dominava o cenário político malgaxe há tempos, levou uma rasteira histórica. O Parlamento nacional — num movimento que pegou muitos de surpresa — aprovou o impeachment do mandatário. E olha que as acusações são pesadas: violação da Constituição e, pasmem, comprometimento grave dos superiores interesses da nação.

Não foi algo rápido, diga-se de passagem. A sessão parlamentar se arrastou por longas horas, com debates acalorados que lembravam mais uma arena de gladiadores do que uma casa legislativa. No final, a conta fechou com 121 votos a favor da destituição contra apenas 19 contrários. Uma goleada política, para dizer o mínimo.

Os militares entram em cena

Mas aí é que a coisa fica realmente interessante — ou assustadora, dependendo do seu ponto de vista. Enquanto os parlamentares ainda comemoravam (ou se preocupavam) com a decisão, um grupo de oficiais das Forças Armadas resolveu dar as caras na televisão nacional. E não foi para fazer declaração de apoio ao processo democrático, não.

Quatro uniformizados — entre eles um capitão de fragata e um coronel — apareceram nas telas anunciando, com todas as letras, a dissolução do governo e a criação de um comitê militar para... bem, para comandar o país, né? O chamado "Comitê Militar para a Justiça e o Desenvolvimento" soa como aqueles eufemismos que a história já nos mostrou serem prenúncios de regimes nada democráticos.

Eles foram direto ao ponto: "Diante desta situação, e em conformidade com o juramento de defender a pátria até a morte, decidimos dissolver o governo e todas as instituições". Soa familiar, não?

O que está por trás dessa crise toda?

Ah, a pergunta de um milhão de dólares! A crise começou a ferver nas últimas semanas, quando Rajoelina — que já governou o país entre 2009 e 2014 — resolveu remanejar vários ministros. Aparentemente, a brincadeira não agradou a todos.

Os opositores do presidente acusavam ele de estar... bem, basicamente de estar governando como bem entendia, sem muito respeito pelas regras do jogo democrático. E quando você mexe com as instituições, meu amigo, a tendência é criar um caldeirão que mais cedo ou mais tarde transborda.

O curioso — ou preocupante — é que os militares dissidentes afirmam que não estão sozinhos nessa. Eles garantem ter o apoio de várias unidades das forças de segurança espalhadas pelo país. Se isso for verdade, a situação é ainda mais grave do que parece.

E o povo nessa história?

Bom, enquanto os poderosos se digladiam nos corredores do poder, a população malgaxe fica naquele limbo angustiante. Madagáscar, que já é um dos países mais pobres do mundo — acredite, mais de 75% da população vive abaixo da linha da pobreza — mal precisa dessa instabilidade adicional.

Imagina você tentar sobreviver no dia a dia, com todas as dificuldades que já existem, e de repente se vê no meio de um golpe de Estado? É de dar calafrios.

O que esperar do futuro?

Olha, se tem uma coisa que a história nos ensina é que situações como essa raramente terminam bem. A comunidade internacional já deve estar de olho — e torcendo para que as coisas não descambem para a violência generalizada.

Enquanto isso, Rajoelina — que assumiu o cargo em 2019 após eleições consideradas... bem, "polêmicas" seria um termo educado — vê seu projeto de poder desmoronar de forma espetacular. Resta saber se os militares conseguirão impor sua vontade ou se a resistência civil e política surgirá.

Uma coisa é certa: os próximos dias em Madagáscar prometem ser daqueles que entram para os livros de história. Torcemos para que entrem pelas razões certas, e não como mais um triste capítulo de autoritarismo na África.