
O avião presidencial pousou na Cidade Eterna sob um céu cinzento, mas a missão que traz o presidente Lula à Itália é das mais luminosas. Roma recebe nesta terça-feira o mandatário brasileiro para discussões que podem, literalmente, definir o futuro alimentar de milhões.
E olha, a coisa é séria. Enquanto muita gente discute futilidades por aí, Lula chega carregando nas costas a experiência brasileira no combate à fome - algo que, convenhamos, o Brasil conhece bem, tanto no que errou quanto no que acertou.
Agenda Cheia e Encontros Importantes
A programação? Intensa como sempre. Logo após a chegagem - aquela correria típica de desembarque oficial - o presidente segue direto para a sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. A FAO, como é mais conhecida, será palco de reuniões que prometem ser... digamos, animadas.
O que está em jogo? Basicamente, como garantir que ninguém no planeta precise dormir com o estômago vazio. Parece utopia? Talvez. Mas é uma utopia necessária.
Reencontro com Líderes Mundiais
Entre os compromissos confirmados, um chama especialmente a atenção: o encontro com o primeiro-ministro italiano, Giorgia Meloni. Dois líderes de espectros políticos diferentes, mas com um desafio comum nas mãos. Como diria meu avô, "fome não escolhe ideologia".
E não para por aí. A agenda inclui ainda:
- Reunião bilateral com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa
- Participação no evento de alto nível sobre segurança alimentar
- Encontros laterais com outros chefes de Estado
- Discursos que podem definir rumos nas políticas globais de alimentação
Não é pouca coisa, não. Principalmente quando se considera que o Brasil, com seu potencial agrícola colossal, tem muito a contribuir - e também a aprender.
O Contexto que Preocupa
Enquanto isso, lá pelo mundo afora, os números não são nada animadores. A fome global voltou a crescer após anos de relativo controle. Conflitos, mudanças climáticas, crises econômicas - tudo isso se junta numa tempestade perfeita que atinge principalmente os mais vulneráveis.
E o Brasil? Bem, nós sabemos como é. Temos regiões onde a fome ainda é uma realidade dura, cruel. Mas também temos exemplos de superação que podem inspirar outros países.
O que Lula leva na bagagem é justamente essa experiência mista - de quem já reduziu drasticamente a fome no país, mas ainda enfrenta desafios enormes. É como aquele ditado: "quem já caiu sabe onde o chão machuca".
O Que Esperar Dessa Viagem
Especialistas ouvidos - não oficialmente, é claro - sugerem que o presidente deve defender uma abordagem múltipla. Combinação de ajuda emergencial com desenvolvimento sustentável, tecnologia agrícola acessível e, claro, aquela velha conhecida: cooperação internacional.
Resta saber se os outros líderes estarão dispostos a ouvir - e a agir. Porque de discurso bonito, o mundo já está cheio. O que falta mesmo é ação concreta.
Enquanto isso, Lula percorre os corredores da diplomacia internacional, tentando transformar a experiência brasileira em solução global. Difícil? Muito. Mas, como ele mesmo já disse outras vezes, "não existe missão impossível quando se trata de salvar vidas".
O tempo dirá se essa empreitada romana trará os frutos esperados. Ou melhor, se trará o alimento necessário para quem mais precisa.