Lula e Xi Jinping discutem parcerias e multilateralismo em conversa estratégica
Lula e Xi Jinping discutem parcerias em ligação estratégica

Numa daquelas ligações que podem mudar os rumos das relações internacionais, o presidente Lula pegou o telefone nesta terça-feira (13) para um papo direto com Xi Jinping, seu homólogo chinês. E não foi conversa de amenidades — o assunto era sério, estratégico e cheio de nuances.

Do outro lado da linha, separados por 12 fusos horários, os dois líderes mergulharam em discussões sobre como fortalecer aquele multilateralismo que anda tão combalido ultimamente. "Precisamos de mais cooperação e menos egoísmo entre as nações", deve ter dito Lula, sempre enfático quando o assunto é diplomacia.

Os pontos quentes da conversa

Além da defesa ferrenha do sistema internacional (aquele mesmo que alguns países insistem em sabotar), a dupla esmiuçou:

  • O aprofundamento da parceria Brasil-China, que já é robusta mas pode dar saltos maiores
  • O comércio bilateral — afinal, os chineses são nossos maiores parceiros há tempos
  • Questões climáticas, onde ambos os países têm muito a contribuir
  • A reforma de organismos internacionais, tema caro ao Itamaraty

Curiosamente, enquanto Lula falava de Brasília — onde o clima estava típico de agosto, seco e com aquela poeira característica —, em Pequim o verão seguia úmido e abafado. Detalhes climáticos à parte, o tom foi de sintonia.

Por que essa ligação importa?

Num mundo cada vez mais polarizado, o diálogo Sul-Sul ganha relevância estratégica. O Brasil, com seu peso continental e histórico de mediação, e a China, como potência emergente, têm muito a construir juntos. E parece que ambos os lados sabem disso.

"Quando esses dois gigantes conversam, o planeta deveria prestar atenção", comentou um diplomata que pediu para não ser identificado. Ele tem razão: estamos falando de economias complementares, visões de mundo que, em muitos aspectos, se alinham.

O que fica claro é que, enquanto alguns preferem o isolamento, Brasil e China estão escolhendo o caminho da cooperação. Resta saber como essa sintonia se traduzirá em ações concretas nos próximos meses.