Lindbergh Farias Desanca Governo em Sessão Explosiva: 'Política Externa é Vergonhosa'
Lindbergh Farias critica governo em comissão internacional

A atmosfera estava carregada. Pesada, mesmo. E não era só o ar-condicionado falhando — coisa típica de Brasília, diga-se. Na Comissão de Assuntos Internacionais, o deputado Lindbergh Farias soltou os cachorros. E que cachorros!

Numa fala que misturou indignação genuína com aquela raiva contida de quem já viu a coisa funcionar direito, o parlamentar petista não deixou pedra sobre pedra. A política externa do atual governo? Uma "vergonha", nas palavras dele. Forte, né? Mas espera que tem mais.

O Palco da Crítica

Não foi um discurso qualquer. Lindbergh — figura conhecida por não morder a língua — usou a tribuna para um desabafo que soou mais como um libelo. A tal da "autonomia pela submissão" virou alvo principal. O que isso significa na prática? Segundo o deputado, é o Brasil abrindo mão da própria soberana para agradar potências estrangeiras. Preocupante, pra dizer o mínimo.

E os exemplos? Não faltaram. Ele puxou da memória — e dos arquivos — momentos em que o país agiu de forma independente, com a coluna vertebral reta. Coisa que, na visão dele, ficou no passado.

O Tom da Fala

Não foi só conteúdo. A forma também chamou a atenção. Lindbergh falou com a veemência de quem acredita piamente no que diz. Teve momento de pausa dramática, olhar fixo na plateia (virtual e presencial), e até aquela elevação de voz calculada — sabe, daquelas que fazem os assessores pararem de digitar no celular e prestarem atenção.

"Estamos virando as costas para nossa própria história", disparou, num daqueles momentos que rendem clipes para os noticiários. E rendeu, claro.

As Reações Imediatas

A sala? Dividida. De um lado, aliados assentindo com a cabeça, como se dissessem "é isso aí, fala mesmo!". Do outro, olhares atravessados e suspiros audíveis da oposição. O clima aqueceu, mas sem quebrar a decoro parlamentar — quase, mas não quebrou.

E os jornalistas na sala? Esses adoraram. Discurso polêmico dá manchete, e todo mundo sabe. Anotavam freneticamente, já antevendo as chamadas para os portais.

O Pano de Fundo Político

Ninguém joga palavras ao vento em Brasília. Tudo é cálculo. A crítica ferrenha de Lindbergh não vem do nada. Reflete um mal-estar crescente em setores do Congresso com os rumos da chancelaria. É o tipo de discurso que pode ecoar pelos corredores nos próximos dias, virando tema de cafezinho e reunião de liderança.

Resta saber se foi um rompante isolado ou o primeiro de muitos fogos de artifício. Em política, especialmente na internacional, as palavras têm peso. E as de Lindbergh foram pesadas.

O que vai sobrar depois da poeira baixar? Bom, isso é outra história. Mas uma coisa é certa: a comissão não será mais a mesma.