O Irã não abrirá mão de seu programa nuclear e só retomará as negociações com os Estados Unidos se houver garantias concretas por parte do governo norte-americano. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do país, Hossein Amir-Abdollahian, em entrevista coletiva nesta terça-feira.
Segundo o ministro, o país está disposto a dialogar, mas exige que os EUA cumpram suas promessas anteriores e suspendam as sanções econômicas que impactam a população iraniana. "Não aceitaremos mais palavras vazias", afirmou Amir-Abdollahian.
Contexto das negociações
As relações entre os dois países estão em um dos momentos mais tensos dos últimos anos. O acordo nuclear de 2015, conhecido como JCPOA, foi abandonado pelos EUA em 2018, durante o governo Trump. Desde então, as tentativas de retomar o diálogo têm sido marcadas por desconfiança mútua.
O governo iraniano insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas as potências ocidentais temem que o enriquecimento de urânio possa levar ao desenvolvimento de armas atômicas.
O que o Irã espera dos EUA?
- Retirada imediata das sanções econômicas
- Garantias de que não haverá novas rupturas unilaterais
- Respeito à soberania iraniana
Analistas internacionais acreditam que a postura firme do Irã reflete tanto a pressão interna de grupos conservadores quanto a necessidade de mostrar força em um cenário geopolítico complexo.
