França em Colapso: A Jogada Arriscada de Macron que Pode Mudar a Europa
França em crise: Macron dissolve parlamento

Parece que a política francesa decidiu virar um filme de suspense. Na verdade, um daqueles thrillers políticos onde ninguém sabe direito como vai terminar. Emmanuel Macron, nosso protagonista, acabou de fazer uma jogada que deixou todo mundo de queixo caído.

Dissolver a Assembleia Nacional? Francamente, quem é que esperava por isso?

O estopim da crise

A coisa começou a esquentar quando a extrema-direita francesa — aquela mesma que todo mundo observa com certa apreensão — deu uma surra nas eleições europeias. Foi uma vitória tão expressiva que deve ter feito Macron perder o sono.

E aí, em vez de ficar só olhando, o presidente francês resolveu tacar fogo na casa. Chamou novas eleições legislativas como quem joga uma bomba no tabuleiro político. Corajoso? Talvez. Desesperado? Bem, as opiniões divergem.

O cenário que se desenha

O que me preocupa — e deve preocupar meio mundo — é o seguinte cenário: a possibilidade real de a extrema-direita conquistar o poder. Marine Le Pen e seu partido Agrupamento Nacional estão mais fortes do que nunca. E olha que estamos falando de um partido que já foi considerado marginal.

A esquerda, por sua vez, está se reorganizando às pressas. Criaram essa Frente Popular, uma tentativa de unir forças contra a maré conservadora. Mas será que vai dar tempo?

As consequências para além das fronteiras

O que acontece na França nunca fica só na França. Isso é quase uma lei da física política. A União Europeia está com os olhos grudados nesse processo eleitoral, e com razão.

Imagina só: um governo francês alinhado com ideias eurocéticas. Seria como colocar um sabotador dentro da própria casa. As políticas de imigração, as relações comerciais, a posição sobre a guerra na Ucrânia — tudo poderia mudar radicalmente.

E não me venham dizer que é exagero. Basta olhar para o que aconteceu com o Brexit para ver como essas coisas podem sair do controle.

O timing não poderia ser pior

Paris se prepara para sediar as Olimpíadas, um evento que deveria ser de celebração, e agora se vê envolta em turbulência política. É como organizar uma festa de casamento enquanto sua casa está pegando fogo.

Os mercados financeiros já estão dando sinais de nervosismo. O risco-país da França disparou, o spread dos títulos franceses em relação aos alemães atingiu níveis preocupantes. Traduzindo: os investidores estão com o pé atrás.

O que esperar das eleições?

As pesquisas — sempre elas — indicam um parlamento fragmentado. Ninguém consegue prever com clareza quem sairá vitorioso. É aquela situação onde tudo pode acontecer, desde uma vitória da esquerda até um triunfo da extrema-direita.

Macron, é claro, aposta que os franceses vão recuar diante da possibilidade concreta de um governo de extrema-direita. Mas e se ele estiver errado? As urnas têm dessas surpresas desagradáveis.

Um risco calculado ou pura temeridade?

Conversando com uns colegas aqui, a opinião está dividida. Alguns veem genialidade na jogada, outros veem desespero. Particularmente, acho que Macron subestima o cansaço da população com seu governo.

As reformas impopulares, a crise do custo de vida, a sensação de que as coisas não melhoraram para o cidadão comum — tudo isso pesa. E quando as pessoas estão insatisfeitas, tendem a buscar alternativas radicais.

Resta torcer — sim, torcer, porque análise política às vezes chega só até certo ponto — que a França encontre um caminho que não a leve ao isolamento ou ao radicalismo. Porque, convenhamos, o mundo já tem problemas suficientes.