
Em um momento de alta tensão política, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, compareceu às urnas neste domingo para o segundo turno das eleições, mesmo com um mandado de prisão emitido contra seu nome. A cena aconteceu em Villa Tunari, região de Cochabamba, onde Morales votou acompanhado de seguranças e apoiadores.
Cenário político conturbado
O ambiente nas ruas bolivianas reflete a profunda divisão que marca o processo eleitoral. Enquanto Morales exercia seu direito ao voto, as autoridades judiciais mantinham vigente a ordem de prisão decretada na última sexta-feira sob acusação de terrorismo.
O ex-mandatário, que governou o país por quase 14 anos, não poupou críticas ao atual governo durante sua aparição. "Estou aqui para defender a democracia", declarou Morales aos jornalistas, caracterizando as acusações como perseguição política.
Repercussão internacional
O caso tem gerado atenção além das fronteiras bolivianas, com organismos internacionais acompanhando de perto os desdobramentos. A situação coloca em xeque a estabilidade democrática do país andino em um momento crucial de definição de seu futuro político.
Analistas apontam que o desfecho deste domingo pode definir não apenas os rumos da Bolívia, mas também o futuro político do próprio Morales e de seu aliado, o atual presidente Luis Arce.