O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, realizou nesta quinta-feira, 27 de novembro de 2025, uma visita significativa ao porta-aviões USS Gerald R. Ford, atualmente posicionado nas águas do Caribe. A movimentação faz parte do reforço militar ordenado pelo governo de Donald Trump, que tem elevado a tensão diplomática com a Venezuela.
Visita em meio a tensões diplomáticas
Durante sua visita, Hegseth utilizou o sistema de comunicação interna da embarcação para dirigir-se aos militares americanos. Em vídeo divulgado pelo Pentágono, o secretário desejou um "feliz Dia de Ação de Graças" à tripulação e mencionou estar rezando pelos dois soldados da Guarda Nacional baleados em Washington, D.C., no dia anterior.
O posicionamento do grupo de ataque naval no Caribe tem sido alvo de fortes críticas do governo venezuelano. O presidente Nicolás Maduro afirma que a presença militar tem "motivação política" clara e representa uma tentativa de pressioná-lo a deixar o poder.
Capacidade militar impressionante
O USS Gerald R. Ford não está sozinho na região. O maior e mais moderno porta-aviões já construído pelos Estados Unidos está acompanhado por três destróieres de alto poderio: USS Winston S. Churchill, USS Mahan e USS Bainbridge.
Além da presença naval, a operação conta com bombardeiros estratégicos B-52 da Força Aérea Americana, que têm realizado operações conjuntas tanto no Caribe quanto no Pacífico, demonstrando o alcance e a capacidade da ação militar.
Operações antinarcóticos em andamento
Segundo dados oficiais do comando militar americano, as tropas dos EUA já realizaram 21 ataques contra embarcações suspeitas desde setembro. Estas ações, direcionadas contra barcos apontados como ligados ao narcotráfico, resultaram na morte de pelo menos 83 pessoas.
O governo Trump sustenta que as operações têm foco exclusivo no combate ao tráfico de drogas, visando especificamente redes criminosas transnacionais que utilizam rotas marítimas da região caribenha. Washington nega qualquer intenção de interferência direta nos assuntos internos da Venezuela.
Enquanto isso, a situação diplomática entre os dois países permanece extremamente tensa, com o governo Maduro acusando Washington de tentar derrubar seu regime através de pressão militar e econômica.