Trump barra vistos para pessoas com doenças crônicas nos EUA
EUA barram vistos para doentes crônicos

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, implementou uma nova diretriz que pode impedir a entrada de pessoas com doenças crônicas no país. A medida afeta diretamente brasileiros e cidadãos de outras nacionalidades que possuem condições como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares.

Doenças que podem barrar entrada nos EUA

O documento enviado pelo Departamento de Estado às embaixadas americanas especifica uma lista ampla de condições médicas que serão consideradas na análise de vistos. Entre as doenças mencionadas estão problemas cardiovasculares, respiratórios, câncer, diabetes, doenças metabólicas, neurológicas e transtornos mentais.

A obesidade recebe atenção especial na nova diretriz, sendo citada como um fator de risco que pode levar à negação do visto. O texto orienta os agentes consulares a considerarem os problemas médicos que o excesso de peso pode causar no futuro.

Mudanças nos exames médicos

As avaliações de saúde para solicitantes de vistos de imigração tornam-se mais rigorosas com a nova política. Anteriormente, os exames focavam principalmente em doenças contagiosas como tuberculose e no histórico vacinal.

Agora, a triagem incluirá uma projeção de custos e necessidades médicas futuras, avaliando se o imigrante potencialmente geraria gastos para o sistema de saúde americano.

Família inteira sob análise

A diretriz estabelece que não apenas o solicitante principal do visto será investigado, mas também seus dependentes. Se algum membro da família tiver doenças crônicas ou necessidades de saúde que possam impedir que o imigrante trabalhe, o visto pode ser negado para todo o grupo.

As embaixadas também vão avaliar a capacidade financeira dos estrangeiros para pagar por tratamentos médicos sem recorrer ao governo americano.

Justificativa da administração Trump

Tommy Piggot, porta-voz adjunto do Departamento de Estado, confirmou a autenticidade do documento e defendeu a medida. "Não é segredo que a administração de Trump está colocando os americanos em primeiro lugar", declarou em nota.

Ele acrescentou que a política visa "garantir que nosso sistema de imigração não seja um fardo para o contribuinte americano". Especialistas ouvidos pelo KFF Health News sugerem que as embaixadas provavelmente aplicarão as exigências principalmente para quem busca residência permanente nos EUA.

A medida já enfrenta oposição de figuras políticas como Gavin Newsom, governador da Califórnia, que criticou publicamente a iniciativa de Trump.