
Não é de hoje que os Estados Unidos andam dando passos largos rumo ao isolamento internacional. Dessa vez, a bola da vez foi a UNESCO — aquela agência da ONU que cuida de educação, ciência e cultura mundo afora. Segundo fontes bem informadas, os americanos estão mesmo de malas prontas para pular fora.
"Já era", parece ser o lema da atual administração quando o assunto é cooperação global. Primeiro foi a Organização Mundial da Saúde no meio da pandemia (que ideia genial, não?). Depois o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas (porque aquecimento global é coisa de hippie, certo?). Agora, o alvo é a agência que protege patrimônios culturais e promove educação em países em desenvolvimento.
O que está por trás dessa decisão?
Oficialmente, o governo americano alega "viés anti-Israel" na organização. Mas entre nós? A coisa parece bem mais complexa. Especialistas apontam que:
- Há uma crescente desconfiança em relação a organismos multilaterais
- O governo atual prefere acordos bilaterais "sob medida"
- Existe uma certa... digamos... alergia a contribuir financeiramente para causas globais
Não é a primeira vez que os EUA dão as costas à UNESCO, vale lembrar. Em 1984, Ronald Reagan já havia feito manobra similar, só retornando em 2003. E em 2011, cortaram o financiamento após a admissão da Palestina como membro. História que se repete, não?
E agora, José?
Sem os americanos — que respondiam por 22% do orçamento da organização —, o buraco financeiro será considerável. Resta saber se outros países vão cobrir o rombo ou se a UNESCO terá que apertar o cinto. Algo me diz que ninguém está com muita vontade de pagar a conta...
Enquanto isso, o mundo assiste atônito a essa "diplomacia da navalha" que vem cortando os laços internacionais dos EUA um a um. Será moda passageira ou nova realidade? Só o tempo — e as próximas eleições — dirão.