Equador aprova reforma que permite bases militares estrangeiras no país — entenda o impacto
Equador aprova entrada de bases militares estrangeiras

A Assembleia Legislativa do Equador aprovou nesta terça-feira (3) uma reforma constitucional que permite a instalação de bases militares estrangeiras em território nacional. A decisão, que altera um artigo da Carta Magna em vigor desde 2008, abre caminho para acordos de cooperação em defesa com outros países.

O que muda com a reforma?

A emenda elimina a proibição explícita de bases militares estrangeiras, estabelecida na Constituição de 2008 durante o governo de Rafael Correa. Agora, o Equador poderá:

  • Receber tropas e instalações militares de nações aliadas
  • Firmar acordos de cooperação em segurança e defesa
  • Participar de exercícios militares conjuntos

Debates e controvérsias

A medida divide opiniões no país andino:

Pró-reforma: Defensores argumentam que a mudança fortalecerá a capacidade de defesa do Equador e facilitará parcerias estratégicas, especialmente no combate ao narcotráfico e ao crime organizado transnacional.

Contrários: Críticos alertam para riscos à soberania nacional e possíveis tensões diplomáticas, lembrando que a Constituição anterior vetava as bases justamente para evitar ingerências estrangeiras.

Contexto regional

A decisão ocorre em meio a:

  1. Crescente presença militar chinesa na América Latina
  2. Renovação do acordo de defesa entre EUA e Colômbia
  3. Aumento das rotas de narcotráfico no Pacífico

Analistas apontam que o Equador pode se tornar um ponto estratégico para operações internacionais contra o tráfico de drogas e a mineração ilegal.

Próximos passos

A reforma ainda precisa ser regulamentada, e o governo deverá definir critérios para:

  • Seleção de países parceiros
  • Prazos e condições das missões
  • Áreas de atuação permitidas

O Ministério da Defesa equatoriano já anunciou que priorizará acordos com nações que respeitem a soberania nacional e contribuam para a segurança regional.