Lula sob pressão: Conib exige retorno do Brasil à Aliança Internacional do Holocausto
Conib cobra de Lula retorno do Brasil à Aliança do Holocausto

Eis que a bola está agora no pé do Palácio do Planalto. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) decidiu não ficar só na cobrança de bastidor — foi direto ao ponto em um encontro cara a cara com o presidente Lula. O assunto? Aquele acordo internacional sobre memória do Holocausto que o Brasil simplesmente pulou fora durante a gestão passada.

Não foi um pedido feito por e-mail ou ofício. A Conib marcou presença física no Planalto nesta quarta (16) para lembrar — com educação, mas firmeza — que o tema não pode ficar esquecido na gaveta. Afinal, estamos falando de um dos capítulos mais sombrios da humanidade.

O jogo político por trás da decisão

Quem acompanha o xadrez geopolítico sabe: a saída em 2019 não foi só uma mera formalidade. Na época, o governo Bolsonaro alegou "questões técnicas" — mas todo mundo entendeu o recado quando o Brasil decidiu ficar de fora da aliança que reúne 35 países.

"É uma vergonha", disparou um membro da comunidade judaica que preferiu não se identificar. "Enquanto o mundo inteiro se une para não repetir os erros do passado, o Brasil resolveu nadar contra a maré."

Por que isso importa agora?

O timing não é aleatório. Com a escalada de discursos de ódio e negacionismo histórico — não só aqui, mas globalmente — a pressão por gestos concretos aumentou. A Conib, que sempre foi pé no chão, sabe que discurso bonito não basta.

"Ou o Brasil está do lado certo da história, ou não está", resumiu o presidente da entidade, Claudio Lottenberg, em tom que deixava claro: não se trata apenas de assinar um papel, mas de assumir um compromisso ético.

  • O Brasil foi o único país da América Latina a sair da aliança
  • A decisão de 2019 gerou protestos de entidades judaicas e de direitos humanos
  • O retorno exigiria basicamente um despacho presidencial — sem necessidade de passar pelo Congresso

E agora, José? O Planalto ainda não deu sinais claros sobre como vai jogar essa partida. Enquanto isso, a comunidade internacional fica de olho — afinal, em tempos de polarização, cada gesto conta.

Uma fonte próxima ao governo, que falou sob condição de anonimato, soltou: "É questão de tempo". Será? O que você acha que Lula deve fazer nesse tabuleiro geopolítico delicado?