Tensão Geopolítica: China Corta Fornecimento de Terras Raras para Fins Militares e Trump Retalia com Tarifas de 100%
China restringe terras raras militares; Trump retalia com 100%

O tabuleiro geopolítico global está pegando fogo outra vez. E desta vez, a jogada veio da China — uma manobra que mistura estratégia econômica com calculismo geopolítico. O governo chinês decidiu apertar o cerco sobre as exportações de terras raras destinadas especificamente a aplicações militares. Sim, aqueles minerais essenciais que alimentam desde mísseis até sistemas de comunicação avançada.

A reação de Donald Trump? Bem, ele não é exatamente conhecido por medir respostas. O ex-presidente, que parece estar sempre com o dedo no gatilho tarifário, disparou uma retaliação que fez o mercado tremer: tarifas de 100% sobre uma cesta de produtos chineses. É como jogar gasolina na fogueira.

O que são terras raras e por que são tão importantes?

Pouca gente entende, mas esses elementos — com nomes complicados como neodímio, disprósio e érbio — são a alma da tecnologia moderna. Estão nos smartphones, nos carros elétricos e, crucialmente, nos sistemas de defesa mais sofisticados do planeta. Sem eles, boa parte da indústria de alta tecnologia simplesmente para.

E aqui está o pulo do gato: a China domina algo entre 80% e 90% do fornecimento global. É um quase monopólio que agora está sendo usado como arma política. Alguém duvida que isso vai doer?

A resposta de Trump: força bruta econômica

O estilo Trump é inconfundível. Enquanto a China age com precisão cirúrgica — mirando apenas o setor militar — a resposta americana foi um verdadeiro tsunami tarifário. Cem por cento! É um número que fala por si só, uma declaração de guerra comercial sem rodeios.

Os analistas mais pessimistas já preveem efeitos em cadeia: inflação, desaceleração econômica, realinhamento de cadeias produtivas. Outros, porém, veem isso como um jogo de xadrez necessário — o momento em que o Ocidente finalmente acorda para sua dependência perigosa de um rival estratégico.

O curioso é que essa não é exatamente uma novidade. Durante seu primeiro mandato, Trump já havia demonstrado seu apetite por tarifas como instrumento de política externa. Mas desta vez, o cenário é diferente. Estamos em 2025, com eleições americanas no horizonte e uma China cada vez mais assertiva.

E o Brasil nessa história toda?

Parece distante, mas a poeira dessa briga vai chegar aqui também. Nossa indústria depende de componentes que usam terras raras, nossos produtos de exportação podem ficar no meio do fogo cruzado. É como assistir dois gigantes brigando no seu quintal — cedo ou tarde, algo vai quebrar.

O que me preocupa, francamente, é a escalada. Medidas respondem a medidas, retaliações provocam contra-retaliações. E de repente estamos todos num filme de ficção científica onde o comércio global vira campo de batalha.

Uma coisa é certa: o mundo pós-pandemia prometia ser diferente, mas ninguém esperava que as tensões comerciais voltassem com tanta força. E agora? Agora é esperar o próximo movimento — porque nesse jogo, ninguém parece disposto a recuar.