
Era questão de tempo, e o tempo chegou. A carreira política de Alexandre Frota em Cotia acabou de forma abrupta — e barulhenta. A Justiça simplesmente puxou o tapete.
O que começou como mais uma das polêmicas que sempre cercaram o ex-deputado terminou com consequências reais, das que doem no bolso e no ego. Na última segunda-feira, um juiz eleitoral decidiu: Frota perde o mandato na Câmara Municipal de Cotia. Ponto final.
O estopim: acusações graves sem pé nem cabeça
Tudo veio à tona por causa de um vídeo. Naquelas lives que viralizam em segundos, Frota soltou uma bomba: associou Jean Wyllys, ex-deputado e figura conhecida da esquerda brasileira, à pedofilia. Disse que havia "indícios" — mas cadê os indícios? Não mostrou nenhum.
Jean Wyllys, é claro, não deixou barato. Moveu uma ação por danos morais que rapidamente se transformou em algo maior. A defesa argumentou — e conseguiu convencer o juiz — que tais declarações violavam frontalmente o princípio da honra e da dignidade da pessoa humana. Coisa séria.
O que a lei diz sobre isso?
Ah, a lei é clara como água. Segundo a legislação eleitoral, condutas incompatíveis com a dignidade do cargo podem — e devem — resultar na perda do mandato. Não é sobre opinião política, é sobre difamação mesmo.
O juiz responsável pelo caso foi incisivo: "Não se trata de cerceamento à liberdade de expressão, mas de responsabilização por declarações falsas e caluniosas". Na prática, Frota cruzou uma linha que não se deve cruzar.
E agora, José?
Com a decisão, Frota está fora da Câmara de Cotia imediatamente. Seu lugar será ocupado pelo suplente — e a vida política da cidade segue, mas sem um de seus personagens mais... barulhentos.
O caso serve como alerta para outros políticos que acham que podem dizer qualquer coisa nas redes sociais. As palavras têm peso, e quando você ocupa um cargo público, elas pesam ainda mais.
Resta saber se essa será realmente a última vez que ouviremos falar de Frota na política. Alguém duvida?