
A China reagiu com veemência à decisão dos Estados Unidos de revogar vistos de estudantes chineses, acusando Washington de usar a medida como um pretexto político. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que a ação americana é "discriminatória e injustificada".
Segundo autoridades chinesas, os EUA estão utilizando argumentos de segurança nacional para justificar a revogação, mas na prática estariam "criando obstáculos para o intercâmbio educacional normal" entre os dois países. A medida afetaria principalmente estudantes de áreas tecnológicas.
Impacto nas relações bilaterais
Analistas internacionais apontam que essa decisão pode agravar as tensões já existentes entre as duas maiores economias do mundo. Nos últimos anos, as relações sino-americanas têm enfrentado desafios em diversas áreas, desde comércio até tecnologia.
O governo chinês prometeu "tomar as medidas necessárias" para proteger os direitos legítimos de seus cidadãos, embora não tenha especificado quais ações concretas seriam implementadas.
Contexto histórico
Esta não é a primeira vez que os EUA restringem vistos de estudantes chineses. Durante o governo Trump, medidas semelhantes foram tomadas sob a alegação de prevenir espionagem tecnológica. A atual administração Biden mantém muitas dessas políticas, apesar de prometer um tom mais diplomático.
Especialistas em educação internacional alertam que essas restrições podem ter "efeitos de longo prazo" no intercâmbio acadêmico global e na cooperação científica entre as nações.